Vazamento – de esgoto – não ameaça Brasília, segundo Caesb

Da redação – 12.07.2016 –

Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal descarta que problema com ETE, na semana passada, tenha afetado o Lago Paranoá

Já sob constante ameaça de vazamentos políticos, Brasília enfrentou outro tipo de escoamento na última terça-feira, dia 05: o de esgoto. O problema teria ocorrido na ETE Brasília Norte, operada pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Com a notícia do vazamento espalhou-se o boato de que o Lago Paranoá teria sido atingido. Para eliminar as dúvidas a respeito do problema, a Caesb realizou seis coletas de amostras, abrangendo uma região que vai dos arredores da Ponte do Bragueto, no Lago Norte, até as cercanias do Minas Tênis Clube, no Setor de Clubes Norte. Resultado: não foram identificadas alterações na qualidade da água.

Três tipos de análises foram realizadas. A primeira, visual, não se identificou nenhum indício de contaminação. A segunda foi a físico-química — em que são medidos fatores como pH, condutividade e oxigênio dissolvido na água, entre outros fatores —, que também não apontou nada fora do normal. A última verificação foi a biológica, na qual se mediu a atividade de bactérias. Os testes ficaram prontos na quinta-feira (7) e também não apontaram contaminação.

Além da avaliação de emergência, a Caesb executa um monitoramento sistemático e semanal da balneabilidade — ou seja, a capacidade de uso do reservatório — em dez pontos principais no Lago Paranoá. Em outros 22 locais, também usados para banho, é feita uma avaliação mensal, incluindo a análise do ecossistema aquático e das cargas poluidoras pontuais na água.

A respeito do vazamento, a concessionária informa que ele teria sido pequeno e localizado. “O lodo escoou pela drenagem, e no dia seguinte ao vazamento já não se viam indícios do material”, diz a nota oficial.

A Caesb também avança nas obras do Sistema de Esgotamento Sanitário do Lago Sul, estimada em R$ 16 milhões e que beneficiaria cerca de 19 mil pessoas, com 96% dos recursos financiados pela Caixa Econômica Federal. A obra atual complementa o sistema do Lago Sul e substitui o esgotamento individual com fossa.

A obra engloba, além das tubulações — que ficarão submersas no lago —, duas elevatórias de esgoto e linhas de recalques. Os trabalhos começaram em janeiro de 2013, mas foram interrompidos em abril de 2014 por falta de recursos, na gestão passada.