Webinar discute mobilidade urbana em tempos de pandemia

Redação – 29.04.2020 –

Organizado pela FGV Transportes, evento virtual acontece hoje, a partir das 19h

A FGV Transportes promove hoje, das 19:00 às 20:30, o webinar gratuito Os impactos atuais e futuros da Covid-19 na mobilidade Urbana das cidades brasileiras. O evento contará com a participação do Secretário Estadual de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy e do Secretário Geral da ALAF e ex-Secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Jean Carlos Pejo, e terá a moderação do coordenador da FGV Transportes, Marcus Quintella.

O evento será transmitido pelo Youtube. De acordo com Quintella, o objetivo é discutir o cenário e as soluções para a mobilidade urbana, durante e após a pandemia, quando haverá a retomada das atividades da economia. Para Quintella, será muito difícil evitar a superpopulação nos transportes urbanos, mesmo com a expectativa de adesão permanente ao home-office por muitas empresas.

“O caminho será a educação, orientação e higiene. O transporte de massa nunca conseguirá atender às populações de grandes cidades sem aglomerações, ou seja, com menos de seis pessoas por metro quadrado, nos horários de pico, mesmo com a migração de 30% da força de trabalho para home-office”, reforça.

Quintella ainda destaca que os especialistas trarão um olhar nacional e também de casos específicos como o de São Paulo, a maior metrópole brasileira e a mais afetada pela Covid-19, com cerca de 22 milhões de habitantes. “O webinar é uma proposta para contribuir e repensar os deslocamentos durante e após a pandemia. Não se pode deixar descoberto quem precisa do transporte, ou seja, aquelas pessoas responsáveis pelas atividades essenciais, tais como profissionais de saúde, cuidadores, serviços de água, energia e limpeza urbana, abastecimento de alimentos, entregas domiciliares, segurança pública, farmácias, petshops, entre tantos outros”, comenta.

Segundo Quintella, a oferta de transporte público não pode ser limitada, sob pena de causar aglomerações nos pontos de ônibus, plataformas de embarque das estações de trens e metrôs, terminais e nos próprios veículos, mesmo com a demanda reduzida pelo isolamento social”, comenta.