Eficiência energética ganha espaço na indústria química e de fármacos

Da Redação – 05.07.2016 – 

Dois projetos envolvem Basf e Farmanguinhos, com suporte da Light e da Unesp

Duas iniciativas diferentes e focadas na indústria química e farmacêutica mostra o papel das concessionárias de energia e das universidades públicas na busca pela eficiência energética: os casos da multinacional alemã Basf e da brasileira Farmanguinhos. No caso da primeira, o projeto Triple E (Eficiência em Energia Elétrica) vai ser conduzido com apoio da Unesp e começar pelo Complexo Químico de Guaratinguetá, no interior de São Paulo. Em Farmanguinhos, a iniciativa partiu da Light e faz parte do escopo de ações estimuladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O Triple E, da Basf, foi lançado em dezembro do ano passado e deve ser espalhado para outras plantas da companhia, priorizando as que apresentam maior consumo de energia. A fila inclui as unidades Demarchi (São Bernardo do Campo/SP), Camaçari (Bahia) e Concón (Chile). Entre as iniciativas está a adoção da norma internacional ISO 50001, que auxilia as empresas a estabelecer práticas mais eficientes.

O processo está sendo realizado com o apoio de um grupo de estudos de eficiência energética da Unesp e, segundo Pedro Magalhães Sobrinho, coordenador do Laboratório de Eficientização Eletromotriz do Departamento de Energia da universidade paulista, vai permitir que tanto a instituição como a Basf ganhem em conhecimento e capacitação técnica.

No Rio de Janeiro, a ação de eficiência energética envolve a iniciativa da Light no Complexo Tecnológico em Medicamentos (CTM) de Farmanguinhos. Nesse caso, a unidade da Fiocruz, que produz mais de um bilhão de medicamentos/ano para o mercado nacional e exportação, acaba de receber um novo sistema de climatização, cuja característica é o menor custo e redução no consumo de energia.

O projeto começou em abril de 2015 e também vai impactar no custo de produção de fármacos, segundo o gerente de Comunidades e Eficientização Energética da Light, Carlos Mocny. No total, a iniciativa envolve o aporte de aproximadamente R$ 3,2 milhões, implantado via o Programa de Eficiência Energética (PEE) da Light, regulamentado pela Aneel. Tecnicamente, o projeto inclui a modernização e automação da central de água gelada de Farmanguinhos.

Um dos detalhes do novo sistema é a implantação de um tanque termoacumulador, que reduziu a demanda no horário de ponta ao otimizar o funcionamento dos equipamentos existentes, e ainda a instalação de um resfriador de líquido (chiller), que produz água gelada.