Acciona Energía torna-se principal acionista de startup eólica offshore

Redação – 03.06.2022 – Empresa liderou uma rodada de financiamento, adquirindo 24% de participação na empresa francesa Eolink 
eólica offshore
Modelo do moinho desenvolvido pela Eolink (imagem: divulgação).

A Acciona Energía adquiriu 24% do capital da empresa francesa Eolink, especializada no desenvolvimento de fundações flutuantes para energia eólica offshore, tornando-se assim sua acionista principal. A iniciativa segue uma rodada de financiamento iniciada pela startup para impulsionar sua tecnologia eólica offshore flutuante e antecipar a maturação de sua primeira unidade de 5 MW como tecnologia comercial. A Acciona não revelou os valores investidos e aponta que a operação ainda está sujeita a certas condições. 

A Eolink foi criada em novembro de 2015 com o objetivo de desenvolver um conceito inovador de turbinas eólicas flutuantes onde quatro braços substituem o clássico mastro único que suporta a turbina. Isso permite uma estrutura mais leve e uma melhor distribuição da carga, reduzindo as operações de instalação e manutenção. Além disso, o sistema de ancoragem do aerogerador permite que ele mude sua posição naturalmente orientada de acordo com a direção do vento, otimizando custos e maximizando seu desempenho. 

A primeira unidade pré-comercial deverá ser instalada no local de testes SEM-REV, na costa de Le Croisic (França), em 2023. Com uma altura de 150 metros e uma capacidade de 5 MW, o aerogerador flutuante da Eolink fornecerá eletricidade suficiente para abastecer 3,5 mil casas. 

Os planos da Acciona 

A entrada da Acciona Energía no capital da Eolink fortalecerá a estrutura financeira da startup para seu desenvolvimento no curto e médio prazos. A empresa entende que a tecnologia eólica offshore é crucial para a transição energética, e espera-se um crescimento exponencial nos próximos anos. A capacidade eólica offshore total instalada está prevista para atingir 235 GW até 2030, dos quais 60 GW seriam instalados na União Europeia. 

As soluções baseadas em gravidade, adequadas para águas mais rasas, estão em estágio avançado de desenvolvimento, mas as soluções flutuantes necessárias para águas mais profundas ainda não atingiram um nível de maturidade comercial. 

Esta tecnologia é necessária para o desenvolvimento do setor eólico offshore em países com plataforma costeira profunda, como Espanha e Portugal, onde já estão em curso programas de implementação de projetos eólicos offshore. Espanha pretende instalar entre 1 e 3 GW de energia eólica offshore até 2030, enquanto Portugal anunciou um primeiro leilão offshore este verão com o objetivo de instalar entre 3 GW e 4 GW até 2026.