Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda do trem de SP usam robô para inspeção

Redação – 21.07.2022 – Tecnologia para otimizar a manutenção, operada pela empresa RailBotic, foi contratada por dois anos 

A ViaMobilidade, que gerencia as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda do trem da cidade de São Paulo, passou a utilizar um robô na inspeção das vias permanentes. Com a iniciativa, as ações de manutenção das linhas, realizadas com frequência, estão mais direcionadas e precisas, o que contribui para uma operação mais eficiente e segura. 

Com a nova tecnologia, estão sendo monitorados solo, lastro (britas), trilhos e seus equipamentos – elementos que compõem as superfícies que permitem que os trens circulem. 

Robô que a ViaMobilidade está usando nas linhas em que opera (foto: divulgação).

Segundo a ViaMobilidade, as informações capturadas pelo robô vão tornar mais assertivas as ações implementadas pela empresa para garantir segurança operacional e viabilizar melhorias. Isso porque a tecnologia mapeia os pontos que necessitam de atenção. A expectativa é que o uso de ferramentas de detecção de alta precisão, alinhada a programas de gerenciamento e análise, aumente a qualidade do serviço oferecido. 

O robô, sob a responsabilidade da empresa RailBotic, fará a inspeção trimestral da geometria de via permanente de ambas as linhas por dois anos. A geometria de via leva em consideração diversos fatores, como o espaçamento entre os trilhos (bitola), raio de curva, elevação da via e nivelamento, entre outros. 

O trabalho automatizado conta com apoio de um veículo para ser rebocado. O robô faz o mapeamento das linhas do trem por meio de diversos sensores. Os dados coletados vão para um banco de dados, que armazena as condições da via permanente. As informações passam por análises qualitativas e quantitativas, que podem ser utilizadas na tomada de decisões por parte das equipes de manutenção. 

A ViaMobilidade assumiu a concessão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda em janeiro deste ano e vinha sofrendo dificuldades técnicas para operar o serviço. Em maio, o Ministério Público de São Paulo chegou a abrir inquérito para investigar o porquê de tantos problemas técnicos. Isso levou a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) a auxiliar a concessionária nos serviços de manutenção da infraestrutura.