Uso de apps pessoais em nuvem cresce 35% e aumenta o risco para empresas

Redação – 28.07.2022 – Mais de um em cada cinco usuários carregam, criam, compartilham ou armazenam dados em apps e instâncias pessoais não gerenciadas

Segundo pesquisa da Netskope, fornecedora de soluções de Security Service Edge (SSE) e Zero Trust, o uso de aplicativos em nuvem usados em empresas aumentou 35% desde o início de 2022. O estudo, que leva em conta empresas com uma média de 500 a 2 mil usuários, aponta que mais de um em cada cinco usuários (22%) usam aplicativos em nuvem para carregar, criar, compartilhar ou armazenar dados.

A análise engloba apps cadastrados apenas através de contas pessoais em uso para fins particulares, ou seja, não entram na conta as soluções corporativas. O relatório aponta que os usuários trabalham com uma média de 1.558 apps em nuvem por mês, como Gmail, WhatsApp, Google Drive, Facebook, WeTransfer e LinkedIn, classificados como os mais populares para uso pessoal.

Já as instâncias analisadas são contas pessoais em aplicações que também são gerenciadas por uma empresa. Por exemplo, a conta pessoal do Gmail de um usuário de uma organização que usa o Google Workspaces é uma instância pessoal.

Além disso, o relatório destacou uma tendência contínua no risco interno, revelando que um em cada cinco usuários (20%) carrega uma quantidade atipicamente alta de dados para apps e instâncias pessoais durante os 30 dias que precedem sua saída de uma empresa. O número representa um aumento de 33% durante o mesmo período do ano passado.

Para a Netskope, os resultados mostram que há um claro risco de vazamento de dados para as empresas. Apps e instâncias pessoais são particularmente preocupantes, pois os usuários mantêm o acesso aos dados armazenados nessas instâncias mesmo depois de deixarem a empresa.

Medidas de segurança proativas podem ajudar a reduzir os riscos de perda ou exposição de dados sensíveis. Políticas de controles que limitam o acesso a dados confidenciais apenas a usuários e dispositivos autorizados, além de impedir que sejam carregados em apps e instâncias pessoais, são algumas das recomendações da empresa.

Mais informações do estudo

Os principais dados do relatório incluem:

  • O uso de apps pessoais é menor em Serviços Financeiros e maior no Varejo: o setor de Serviços Financeiros apresenta mais sucesso em limitar o fluxo de dados em aplicações e instâncias pessoais, com menos de 1 em cada 10 usuários (9,6%), enquanto quase 4 em cada 10 (39,1%) registrados no Varejo.
  • Taxa recorde de upload, criação, compartilhamento e armazenamento de dados em apps em nuvem: a porcentagem de usuários com atividade de dados em apps em nuvem aumentou de 65% para 79% nos primeiros cinco meses de 2022, com armazenamento em nuvem, colaboração, e apps de Webmail classificados como as principais categorias usadas nas empresas.
  • Empresas usam diferentes aplicações para as mesmas funcionalidades: dos 138 apps utilizadas por empresas com média de 500 a 2 mil usuários, há em média quatro apps de webmail, sete de armazenamento em nuvem e 17 de colaboração. Esse acúmulo pode gerar problemas de segurança, como configurações incorretas, desvio de política e regras inconsistentes de acesso.

O Netskope Cloud and Threat Spotlight é produzido pelo Netskope Threat Labs, uma equipe composta pelos principais pesquisadores do setor em riscos e malware em nuvem, que descobrem e analisam as ameaças mais recentes que afetam as empresas. A análise é baseada em dados de uso anônimos entre 1 de janeiro e 31 de maio de 2022 e relacionados a uma subcategoria de clientes da Netskope com prévia autorização.