Qual a tecnologia por trás dos gramados do Catar?

Redação – 14.12.2022 – Confira como o Catar conseguiu realizar tantos jogos seguidos nos mesmos estádios 

A Copa do Mundo do Catar tem servido para o país mostrar o que o dinheiro do petróleo árabe pode oferecer em termos de tecnologia para grandes eventos. São muitos os exemplos de inovação tecnológica colocados em prática, desde o sistema de resfriamento sustentável nos estádios, as soluções de Internet das Coisas (IoT) e conectividade em 5G. Mas na hora do jogo mesmo, o que chama a atenção são os gramados dos estádios do Catar

A última edição da Revista CREA São Paulo mostra que as Engenharias Civil, Mecânica e a Elétrica contribuíram bastante para a construção dos estádios, bem como na fabricação dos sistemas de climatização. O gramado, por exemplo, precisa ter um crescimento rápido e ser resistente para suportar os diversos jogos em tão pouco tempo. 

No caso dos campos utilizados na Copa do Catar, os gramados são compostos por 10% de fibra sintética, enquanto o restante é de vegetação natural. Com isso, o campo tolera quase o dobro do número de jogos por ano em relação ao gramado natural, segundo especialista ouvida pela reportagem da revista.  

O gramado é tão importante que há um engenheiro agrônomo que participa de todas as etapas da instalação de um gramado, desde a seleção da espécie e da variedade de grama que será utilizada. A espécie de grama escolhida – sim, há espécies de gramas – é a Seashore paspalum (na variedade Platinum), capaz de suportar as altas temperaturas do Catar, água salobra e períodos nublados prolongados. E o principal: resiste bastante ao pisoteio, tem um rápido crescimento e pode ser irrigada com água do mar.