Infraestrutura pode contar com até R$ 96 bi de investimentos em capex

Redação – 25.05.2023 – Maior parte dos recursos já está em análise pelo TCU e podem ajudar o desenvolvimento do País 

O desenvolvimento do Brasil depende da infraestrutura. Essa é a visão dos participantes do workshop promovido ontem (24/5) pela Votorantim Cimentos durante a Paving Expo 2023, que destacaram onde estão as oportunidades para o crescimento do País no setor de rodovias. Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do BNDES mostram que o Tribunal de Contas da União (TCU) analisa R$ 51 bilhões para investimento em capex, além de outros R$ 45 bilhões ainda a serem encaminhados para o órgão analisar. 

Quem apresentou esses números foi Josiane Almeida, superintendente de Novos Negócios do Grupo CCR, mostrando que recursos para a área de infraestrutura já existem. Ela aponta ainda que R$ 123 bilhões de projetos de capex foram contratados nos últimos cinco anos. 

Os números de projetos também são favoráveis, com 9 mil quilômetros de estradas em fase de estruturação, somando rodovias federais e estaduais, além de outros 17 projetos federais liberados ou com consulta pública já efetuada. “A infraestrutura não pode ser estratégia de quatro em quatro anos, mas sim um planejamento de 30 anos ou mais”, defende a executiva. 

Felipe Queiroz, diretor da ANTT, também é otimista e aponta que, apesar dos desafios do setor de construção serem os mesmos de anos passados, as oportunidades cresceram com o aumento do orçamento da área para este ano. “A infraestrutura é o caminho para o desenvolvimento do Brasil”, afirma. 

Pauta ESG é importante 

Queiroz também destaca o papel que a pauta ESG tem conquistado no setor de pavimentação. O principal destaque são as iniciativas de neutralização de carbono que podem acabar virando crédito, algo que pode ser um ativo para o setor ser mais rentável ao mesmo tempo em que atinge seus próprios objetivos de sustentabilidade. 

No entanto, é preciso que o setor seja realista frente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) promovidos pela ONU. “Precisamos estudar caso a caso devido às diferenças encontradas em todo o Brasil”, lembra Queiroz. 

Outro ponto importante lembrado por Josiane, do Grupo CCR, é a questão do impacto climático que já influencia bastante nas rodovias, graças às intensas chuvas que causam deslizamentos em rodovias. Ela defende que os órgãos responsáveis pelo licenciamento ambiental sejam mais claros sobre as necessidades e que sejam mais céleres na aprovação.