Evento destaca ações da indústria de óleo e gás para mitigar emissões

Redação – 26.06.2023 – Mercado de crédito de carbono gera negócios florestais e investimento em pauta ESG são algumas das iniciativas 

O desenvolvimento de projetos para a geração de créditos de carbono e ações para reduzir emissões de gases do efeito estufa foram destaques no ESG Energy Forum, evento realizado na última semana pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP). 

No painel “NBS – Potencial dos Ativos Ambientais no Mercado de Carbono”, David Canassa, CEO da Reservas Votorantim, apresentou soluções de crédito de carbono por meio de tecnologias de projetos florestais. Visto que o mercado de carbono neutraliza apenas 1% das emissões globais hoje, Canassa aponta que o Brasil tem potencial enorme para geração de crédito de carbono a partir desta atividade. 

O Subsecretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação da prefeitura do Rio de Janeiro, Marcel Grillo Balassiano, ressaltou que a expectativa nos próximos dois anos é movimentar U$S 100 milhões em crédito de carbono só no âmbito municipal. “Recentemente aprovamos a Lei do ISS neutro e criamos um fundo para empresas abaterem o ISS, que foi reduzido de 5% para 2%”.  

O papel do ESG  

As petroleiras também estão fazendo a parte delas. Viviana Coelho, gerente executiva de mudanças climáticas da Petrobras, enfatizou ações da companhia para mitigar emissões por meio do aumento da eficiência operacional. Como exemplo, ela citou que o refino da companhia operava intensidade de gases do efeito estufa de 43 quilos por CO2 e atualmente está em 37 quilos. A meta é chegar em 30 quilos por CO2 em 2030. 

Do lado da TotalEnergies, a mudança está no negóćio. Atualmente, 90% de seu negócio é óleo e gás e apenas 10% de renováveis e novas moléculas. Para 2050, a intenção é uma reversão para 75% de energias renováveis e novas moléculas e 25% para óleo e gás. 

Para atingir esta meta, a empresa tem direcionado os seus investimentos para cada vez mais para energias renováveis. Em 2022, foram destinados US$ 16 bilhões, dos quais US$ 4 bilhões foram para renováveis e novas moléculas. Em 2023, a estimativa é atingir US$ 5 bilhões. 

O ESG Energy Forum é um evento do IBP com patrocínio da Petrobras, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), SBM Offshore, Shell, TotalEnergies, BlueShift Brasil, ExxonMobil, Ipiranga, PetroRecôncavo, Repsol Sinopec Brasil, Trident Energy, Naturgy, SLB, Mattos Filho Vibra, Constellation, OceanPact, Aker Solutions e Porto do Açu. Além do apoio do Governo Federal, o evento conta com a parceria de mídia da epbr, apoio de mídia da Brasil Energia, TN Petróleo e da Petro&Química, e apoio institucional da Proactiva.