Mina de brita automatiza linha de produção usando vídeo analítico

Redação – 01.12.2023 – Vídeo analítico é usado para verificar granulometria das pedras e controla automaticamente o ritmo da produção

Uma mina de agregados da construção civil está se preparando para inauguração no estado de São Paulo e sua planta de britagem já está totalmente automatizada. Sem poder revelar o nome do cliente, Jonni de Moura, engenheiro sênior de Automação da Metso, fabricante de equipamentos para o setor de mineração, aponta que há até o uso de vídeo analítico para garantir a operação da esteira de produção.

O vídeo analítico será utilizado para verificar o tamanho do mineral que está passando pela esteira do britador, equipamento responsável por diminuir o tamanho de pedras. Caso ele esteja fora da granulometria ideal, a máquina automaticamente fechará a abertura do britador, garantindo que o tamanho recomendado seja atingido.

O caso foi apresentado durante o Seminário de Agregados Metso (SAM), realizado quarta-feira (29/11) em Sorocaba (SP). O especialista apontou que este é o primeiro caso de uma mina de agregados automatizada, tendo dados sobre todos os equipamentos e garantindo a operação de todo um parque por apenas um operador na sala de comando, o que traz maior segurança ao trabalho.

Esse tipo de automatização facilita também na hora da manutenção. Como está tudo interligado, a parada de uma parte da planta de mineração tem menor impacto na produção. “Caso seja necessário parar, a parada gira em torno de cinco minutos, quatro vezes a menos que em linhas de produção não automatizadas”, diz Moura, que aponta que o ganho de eficiência pode chegar a 10% a depender do minério.

Automatização aumentou em 40% a produção de mina no Paraná

A Pedreira Guaravera, em Ibiporã (PR), também automatizou uma parte de sua produção, trazendo 40% a mais de resultado. Neste caso, a pedreira usou a automatização como uma forma de atualizar seu equipamento, que estava atrasando os processos de toda a planta industrial. Segundo Fernando Bicalho, que também é engenheiro sênior de Automação da Metso, diz que o projeto se pagou em 15 dias, porque não havia mais paradas da produção.

Em ambos os casos, toda a automatização é feita através de sensores e do cabeamento físico dos ativos. Mesmo que esse tipo de empresa não esteja tão longe dos centros urbanos, ao contrário de grandes mineradoras, Bicalho explica que a conexão é tão crítica para a produção que não é possível permitir o risco de redes móveis falharem. A única coisa que vai para a nuvem são os dados gerados para o BI das mineradoras.