CNT propõe reduzir quantidade de biodiesel para baratear o combustível

Redação – 08.03.2021 –

A Confederação Nacional do Transporte emitiu um posicionamento na última sexta-feira a favor da redução do nível de biodiesel no óleo diesel comercializado no Brasil. Para a entidade, se houver 50% de redução ou mais, isso proporcionará alívio imediato sobre o preço do combustível, que hoje é pressionado pela cotação internacional do petróleo e pela desvalorização do real diante ao dólar.

Hoje, o biodiesel compõe 13% do diesel comercial. Essa proporção, segundo a CNT, destoa de outros mercados, como o Japão, onde o biodiesel representa 5% do combustível. Na comunidade Europeia, a taxa é de 7% e no Canadá 4%.

“Reduzir o nível de biodiesel na composição não majora a emissão de gases poluentes. O Brasil se adéqua à fase P8 do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), que orienta níveis de 6% a 7% de biodiesel puro (B100) na mistura. Além disso, estudos recentes dão conta de que níveis excessivos de biocombustível no diesel comercial podem elevar os níveis de emissão de dióxido de nitrogênio, poluente danoso à saúde e ao meio ambiente”, pontua a CNT.

Na nota técnica, a confederação ainda avalia que o biodiesel pode comprometer a mecânica e o desempenho dos veículos, sobretudo dos modelos mais antigos. Isso ocorre porque o biodiesel tem como propriedade  a absorção de água, o que eleva os riscos de “contaminação” do diesel e de proliferação de micro-organismos capazes de degradar o combustível. Esse fenômeno leva à formação da “borra”, que comumente danifica tanques de armazenamento e componentes automotivos.

A CNT defende ainda, que, em busca de uma redução significativa do preço do combustível nas bombas, pode-se zerar o nível de biodiesel por um período transitório e determinado