Curitiba é a única capital perto de universalizar saneamento básico

Da Redação – 09.10.2017 – 

Ranking mostra que somente 6% das cidades com mais de 100 mil habitantes estão no caminho certo para levar água tratada, coleta e tratamento de esgoto e destinar adequadamente os resíduos sólidos de todos os seus habitantes.

Saiu na semana passada o ranking do saneamento básico da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. Há vários extratos dos dados levantados com 231 municípios, todos com mais de 100 mil habitantes e que, juntos, representam a metade da população nacional (cerca de 100 milhões de habitantes). Mas um viés chamou a atenção da redação do InfraROI: Curitiba é a única, das 26 capitais pesquisadas, que está perto de universalizar o saneamento básico. A única capital que não forneceu dados para o ranking foi São Luís (MA).

Os dados usados para o ranking são da base do Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS), que faz uma combinação de indicadores sobre abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto e coleta e destinação de resíduos sólidos nos municípios. Sobre essas informações, a Abes classifica as cidades em três categorias de pontuação, resumidas em: Rumo à Universalização, Compromisso com a Universalização e Primeiros Passos para a Universalização.

Ao todo, somente 6% das cidades estão na primeira classificação. Todas estão em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, o que confirma o hiato que há entre regiões do Brasil quando o assunto é saneamento básico. Há, inclusive a informação de que tirados esses três estados e o de Minas Gerais, o Brasil tem índices de saneamento semelhantes aos dos países africanos.

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As cidades bem classificadas foram Araçatuba (SP), Araraquara (SP), Birigui (SP), Curitiba (PR), Franca (SP), Jundiaí (SP), Limeira (SP), Maringá (PR), Niterói (RJ), Piracicaba (SP), Santos (SP), São José dos Campos (SP), Taubaté (SP) e Votorantim (SP).