Tecon Rio Grande adquire 11 guindastes

Da Redação – 14/02/2017 –

Com os novos equipamentos, que entram em operação até o mês de abril, o terminal de contêineres do grupo Wilson Sons pretende aumentar sua produtividade em 45%.

O Tecon Rio Grande, terminal de contêineres do grupo Wilson Sons instalado no Porto de Rio Grande (RS), recebe este mês uma encomenda de 11 guindastes, adquiridos com o propósito de otimizar e expandir suas operações. Os três guindastes STSs (Ship to Shore Container), que movimentam contêineres no cais, e os oito modelos RTGs (Rubber Tyre Gantry), destinados às movimentações no pátio, começam a ser montados ainda em fevereiro, para entrar em operação até o mês de fevereiro.

Encomendados à fabricante chinesa ZPMC, ao custo de 40 milhões de dólares, os novos guindastes ampliam o parque de equipamentos do terminal para um total de 22 RTGs e nove STSs, estes últimos com capacidade para o carregamento de navios com largura de até 22 fileiras de contêineres. Com isto, as estimativas da Wilson Sons são de que eles proporcionem um ganho de pelo menos 45% na produtividade média. “Dessa forma, esperamos atender à demanda de nossos clientes armadores com maior rapidez e menores custos operacionais”, afirma Paulo Bertinetti, diretor presidente do Tecon Rio Grande.

Outra característica dos novos equipamentos é que todos são acionados por energia elétrica, o que garante que as operações do terminal ficarão isentas da emissão de gases poluentes gerados por motores a diesel. Dentro desse pacote de expansão, o Tecon Rio Grande adquiriu ainda 42 caminhões e 18 semirreboques, além de contratar 80 funcionários para a operação e manutenção dos equipamentos.

Outro projeto da Wilson Sons para esta operação é sua adequação para o embarque e desembarque de navios de maior porte. Para isto, a direção do terminal está se preparando para encaminhar um pedido de autorização à Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg), ainda este ano, para aumentar seu cais, que hoje tem 900 metros de comprimento, divididos em três berços de 300 metros cada. A ideia é que cada um deles passe a ter 400 metros, somando 1,2 mil metros.

Bertinetti acredita que o horizonte de implantação deste projeto se situa em torno do ano de 2020, mas prefere não dimensionar o volume de investimentos necessários. Ele destaca que, em um espaço de duas décadas, o transporte de contêineres, antes feito por navios de 170 metros de comprimento, passou a ser realizado por embarcações de até 334 metros. O dirigente projeta que, nos próximos cinco a dez anos, a maioria das operações deverá ser feita por embarcações de 334 metros a 368 metros, o que exigirá uma adequação dos terminais em termos de extensão de cais e alcance dos guindastes.