Crise aumenta representatividade de peças e serviços na Bauko

Por Rodrigo Conceição Santos – 28.03.2016 –

Especial pós-vendas: setor já representa 41% do faturamento da empresa e investimentos em estoque e serviços mostram que a estratégia é prosseguir com essa lucratividade.

Foto ilustrativa da Komatsu
Foto ilustrativa da Komatsu

O InfraROI começa a apurar uma série sobre os segmentos de peças e serviços nos fabricantes e distribuidores de equipamentos da linha amarela de construção a partir de hoje. E a primeira notícia é que, na Bauko – que distribui Komatsu e Atlas Copco nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e também no Sul da Bahia – a representatividade histórica do pós-vendas, que era de 32% nos negócios da empresa, aumentou. Agora, essa divisão representa 41% do faturamento, não divulgado pela companhia. E ela vem recebendo melhorias para manter o nível de atendimento e continuar sendo um esteio para a empresa que também vende e loca equipamentos.

“Estruturamos o departamento de suporte ao produto por atividades, de modo a melhorar o fluxo de atendimento ao cliente”, diz Geraldo Buzo, diretor comercial da Bauko. Assim, as equipes para atendimento externo, de contrato de manutenção e de oficina foram separadas, atendendo a chamados oriundos tanto dos vendedores de campo como de uma área de telemarketing e denominada PSSR.

Com essa nova estrutura, diz o executivo, o chamado do cliente é direcionado imediatamente à equipe competente, que utiliza os estoques dos fabricantes para peças de baixo giro, sendo que máquinas paradas têm prioridade de atendimento. “O resultado dessa investida é que, atualmente, 98% dos atendimentos são feitos em até 24 horas”, diz ele, lembrando que a estratégia de utilizar o estoque das fábricas da Atlas Copco e da Komatsu permite que mesmo as peças de baixo giro sejam entregues mais rapidamente.

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A definição do que é peça de alto ou baixo giro na Bauko, aliás, conta com a ajuda de um sistema de codificação, que avalia os códigos de falha mensalmente e classifica suas rotatividades. Com essas informações, os estoques da própria empresa – distribuídos pelos estados que ela atende – são avaliados quinzenalmente. “O mapeamento de falhas mais comuns é feito em conjunto com os fabricantes e dealers para que definamos estratégias para solução definitiva de eventuais problemas através de componentes para troca rápida ou campanha de verificação em campo”, acrescenta Buzo.

Segundo ele, nos últimos dois anos, a Bauko duplicou a capacidade de operação dos seus estoques mais demandantes, em São Paulo e Rio de Janeiro, e ampliou o programa de treinamento em conjunto com os seus parceiros fabricantes, mostrando que a crise realmente colocou o pós-vendas no mais alto nível de representatividade em seus negócios.