Tractebel amplia operações no Brasil e América Latina

Da Redação – 23.01.2017 –

A multinacional belga de engenharia consultiva altera a razão social de sua controlada no país, a Leme Engenharia, para Tractebel e não descarta novas aquisições no setor.

A Leme Engenharia, tradicional empresa brasileira de engenharia de projeto pertencente à companhia belga Tractebel, alterou sua razão social e passou a adotar o mesmo de sua controladora. A estratégia, segundo a empresa, visa à unificação da marca em âmbito global, já que ela tem participação em projetos implantados em mais de 140 países, nas áreas de energia, saneamento, mobilidade urbana, meio ambiente e grandes edificações.

No Brasil, a empresa conta com cinco escritórios – em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Florianópolis (SC) e Rio de Janeiro – além da presença com instalações e equipe própria também no Chile, Panamá e Peru, entre outros países do continente. O presidente da Tractebel para a América Latina, Cláudio Maia, destaca que uma das estratégias adotadas pela multinacional para a expansão dos negócios é a aquisição de empresas locais com experiências similares ou complementares à do grupo.

Ele diz que não está descartada a aquisição de outra empresa de engenharia consultiva no Brasil, para melhor se posicionar na disputa por novos contratos em obras de infraestrutura. “Apostamos nesse mercado no país e, por esse motivo, estamos em negociação para incorporação de uma empresa especializada em projetos de mobilidade urbana, portos e aeroportos”, ele afirma.

Outra estratégia de crescimento passa pela abertura de escritórios no país, como a Tractebel realizou este ano no México. “Já em 2017, iniciamos nossas operações no país, onde somos responsáveis pela engenharia para a construção do parque eólico Três Mesas, com capacidade de 52 MW, localizado na região de Tamaulipas”, explica Maia.

No Brasil, a Tractebel foi responsável pela supervisão e fiscalização técnica de obras de mobilidade urbana e saneamento básico na região Norte do país, bem como o projeto de navegação da Hidrovia do Rio Madeira. Ela também participou das obras da usina hidrelétrica Jirau e responde pela coordenação dos programas ambientais da hidrelétrica de Belo Monte desde 2012, para a qual também elaborou os Estudos de Impacto Ambiental (EIA), em 2006.

Em relação a sistemas de transmissão, a Tractebel já desenvolveu projetos para mais de 25 mil quilômetros de linhas de transmissão e mais de 80 subestações de extra-alta-tensão, no Brasil e exterior. Com 4,4 mil empregados e receitas anuais de 605 milhões de euros, a empresa pertence ao grupo Engie, que possui investimentos em projetos de energia no país, como as hidrelétricas de Estreito, Itá, Jirau e Machadinho, bem como a termelétrica Ibitiúva Bioenergética.