Fibria moderniza transporte de madeira

Da Redação – 30.03.2017 –

Com investimentos de 54,4 milhões de reais, a produtora de celulose implanta guindastes para o carregamento de eucalipto em seus terminais de cabotagem.

A Fibria, maior produtor mundial de celulose a partir de eucalipto, está investindo 54,4 milhões de reais na modernização do transporte marítimo de madeira entre suas reservas florestais, no sul da Bahia, e a unidade industrial da empresa, no Espírito Santo. O projeto consiste na instalação de quatro guindastes de grande porte, sendo dois no terminal marítimo de Caravelas (BA), onde a madeira é embarcada, e dois no terminal marítimo de Barra do Riacho (ES), onde é feito seu desembarque.

Por meio desses dois terminais, a empresa opera um sistema de cabotagem que elimina o transporte de madeira por rodovias, entre suas reservas florestais e a fábrica de Aracruz (ES). Implantado há mais de uma década, esse sistema proporciona maior sustentabilidade a suas atividades, com menos emissão de CO2, redução no consumo de combustível e de pneus, entre outros itens. Isto por que cada barcaça em operação no sistema – a Fibria conta com quatro em atividade – comporta carga equivalente a 100 viagens de carretas do tipo tritrem.

A carga e descarga das barcaças são realizadas por carregadeiras de rodas, que agora serão substituídas pelos guindastes de grande porte. Fornecidos pela finlandesa Mantsinem, eles serão instalados entre maio e agosto deste ano, conferindo maior segurança e produtividade às operações. “Com essas máquinas, vamos reduzir em 42% o tempo de carga e descarga das barcaças”, diz Luiz Geraldo Micheletti Goessler, gerente de Logística Florestal da Fibria. Atualmente, cada barcaça cumpre um ciclo de 12 horas para o transporte de madeira entre o terminal de Caravelas (BA) e o de Barra do Riacho (ES).

Dos quatro guindastes em implantação, os dois que vão operar em Barra do Riacho apresentam uma particularidade: eles serão movidos a eletricidade, produzida na própria unidade industrial da Fibria, que é autossuficiente em geração de energia. A empresa está investindo em linhas de transmissão ligando sua fábrica ao Portocel, onde está instalado o terminal de barcaças. A alternativa vai representar economia em combustíveis, além de contribuir para a redução da emissão de CO2, o que está em linha com os princípios de sustentabilidade da Fibria.