Mercado global de cidades inteligentes pode chegar a US$ 151,9 bi até 2025

Redação – 04.04.2022 – Consultoria internacional aponta crescimento anual médio será de 19,43%; no Brasil, investimento deve ser voltado à governança inteligente, segundo fornecedora de tecnologia

De acordo com um estudo da consultoria Technavio, a projeção de crescimento anual médio do mercado global de cidades inteligentes é de 19,43% até 2025. Dessa forma, é possível que o setor alcance o valor de US$ 151,99 bilhões em três anos. De acordo com a publicação, para evitar a superpopulação nas cidades metropolitanas, os governos em todo o mundo estão se concentrando no desenvolvimento de cidades inteligentes.

As economias desenvolvidas na América do Norte e na Europa trabalham no desenvolvimento de cidades inteligentes há uma década e já implementaram muitos projetos. Já a Ásia-Pacífico (APAC) é a região que mais cresce em termos de tecnologias de cidades inteligentes, já que economias emergentes como Índia e China ainda estão em fase de planejamento e estão lançando muitos projetos-piloto.

A rápida taxa de urbanização em países como a Índia é um dos principais fatores responsáveis pela implantação de projetos de cidades inteligentes, pois a infraestrutura de cidades inteligentes ajuda os usuários finais (como agências governamentais, serviços de saúde e serviços de transporte) a responder mais rapidamente a desafios enfrentados pelos assentamentos urbanos.

Brasil

No Brasil, os investimentos em cidades inteligentes são puxados principalmente pelas áreas de governança inteligente, que se dá por meio da associação entre o uso da tecnologia e criação de programas de governo por parte da administração pública. Pelo menos na visão da Velsis, empresa paranaense que oferece soluções de tecnologia para mobilidade urbana e viária.

Recentemente, cerca de 20 prefeitos, secretários municipais e gestores de diversas cidades do Brasil estiveram em Curitiba (PR) para visitar a fábrica da Velsis. A empresa fabrica tecnologia e inteligência artificial em mobilidade urbana sob medida para atender demandas municipais e otimizar ações de segurança pública, trânsito, fiscalizações fazendárias e ambientais nas vias e rodovias.

Para o coordenador de Cidade Inteligente do Rio de Janeiro, Felipe Peixoto, a tecnologia pode auxiliar na fiscalização, promover mais segurança e proteção à vida da população. “Além disso, sabemos sobre a quantidade de sonegação que o Brasil tem e a tecnologia irá ajudar a selecionar efetivamente quais veículos serão parados. As cidades que aplicam essas tecnologias têm percebido uma queda gigantesca dos índices de criminalidade e de roubo de veículos”, comenta Peixoto.

Durante a visita os gestores puderam conhecer equipamentos analisadores de tráfego e que possibilitam a captura da imagem de todos os veículos que transitam pelo ponto em que a balança de pesagem está instalada.