Americanet vai investir R$ 1 bi em rede neutra até 2028

Redação – 07.02.2023 – Operadora criou uma nova empresa para poder lançar nova oferta e agora procura parceiros para acelerar investimento 

A Americanet criou uma nova empresa para construir uma rede neutra subterrânea de 6 mil quilômetros no estado de São Paulo, para atender o mercado B2B e B2C. Com o nome de Siena Brasil, ela vai entregar internet de fibra óptica via rede subterrânea e a expectativa é construir 1 mil quilômetros por ano, nos próximos seis anos, na capital e no estado de São Paulo, um investimento de R$ 1 bilhão. 

A rede vai ser usada tanto pelos clientes diretos da Americanet quanto por outros provedores e operadoras para conectar seus próprios clientes. A rede contará com quatro dutos, sendo um deles para uso da Americanet e os demais disponíveis para outras operadoras do mercado que tenham interesse, além de possibilitar a comercialização de dark fiber (fibra apagada) ou capacidade por meio da nova rede. 

Já a opção pelo aterramento é uma alternativa para evitar os problemas relacionados aos cabeamentos aéreos na disputa de postes, algo comum em todo o País. Apesar de não ser a alternativa econômica mais barata, é a melhor saída para resolver os problemas de falta de espaço nos postes e manutenção da infraestrutura das redes aéreas, evitando problemas burocráticos no futuro. 

A Americanet diz que busca investidores para se tornarem sócios da Siena Brasil. A expectativa é que a entrada de parceiros permita antecipar a entrega dos 6 mil quilômetros em até três anos. 

Uma parte da rede, que começou a ser construída e implementada no segundo semestre de 2022, já está disponível para atender algumas regiões da capital paulista: Berrini, Pinheiros, Vila Olímpia, Liberdade e Jardins. A expansão da rede será gradual, visando a entrega de cerca de mil quilômetros por ano, a fim de alcançar outras regiões e municípios de São Paulo, nos próximos seis anos.  

Estratégia em conformidade com ESG 

Segundo a Americanet, a estratégia com a Siena já segue boas práticas de meio ambiente, alinhada com a agenda ESG. As tampas da rede de dutos subterrâneos, por exemplo, que tradicionalmente são produzidas em ferro, serão fabricadas com plástico reciclável, reduzindo os impactos ao meio ambiente, além de diminuir os custos com a manutenção e reposição de peças. 

Outro destaque do projeto é o seu alto nível de inovação, agregando tecnologia de ponta no controle e gestão da operação e manutenção da rede. Todo o monitoramento será feito por meio de tecnologia IoT (Internet das Coisas), que além de priorizar a segurança dos ativos contra agentes externos, também irá otimizar o processo de manutenção das equipes em campo.