Política dos EUA é fundamental para alcançar metas globais de descarbonização

Redação – 15.05.2023 – Relatório “ESG sob Tensão” aponta o papel climático dos Estados Unidos e o que ele tem feito sobre o tema 

Compromissos globais com a descarbonização podem ser mais viáveis nos próximos anos, de acordo com o relatório ESG sob Tensão, do Thomson Reuters Institute. A análise aponta que a descarbonização até a década de 2030 poderá ser mais plausível após a aprovação da Lei de Redução da Inflação (IRA), legislação dos Estados Unidos assinada pelo presidente do país Joe Biden em agosto de 2022. 

A IRA instituiu um pacote de US$ 370 bilhões para combater as mudanças climáticas nos Estados Unidos. Com ela, empresas e estados americanos poderão reduzir o “prêmio verde” sobre combustíveis limpos, hidrogênio limpo, captura de carbono, captura direta de ar e outras tecnologias; tornando suas metas ESG mais viáveis.  

A expectativa é que, com o pacote, será possível reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa dos Estados Unidos entre 32% a 42% em 2030, abaixo dos níveis de 2005. Mesmo assim, segundo o levantamento, os desafios ainda são muitos. 

Ele destaca que a IRA foi central e de alta relevância para que Congresso e governo americanos possam enfrentar os desafios das mudanças climáticas em seus vários estados. Porém, a meta de reduzir emissões entre 50% a 52% ainda exigirá um esforço maior por parte do governo norte-americano, segundo a análise. 

O papel das iniciativas ESG 

O relatório ESG sob Tensão aponta que, ainda para o final de 2023, são esperadas orientações para outros reguladores financeiros norte-americanos, como o Escritório Controlador da Moeda e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities que atuam com iniciativas próprias até o momento. 

Especialistas da Thomson Reuters apontam que o ESG não representa apenas um risco regulatório e reputacional para as empresas. Hoje, não se pode ignorar que ele pode afetar tudo, desde o modelo de negócios, a estratégia, a atração e retenção de talentos, até o acesso ao investimento e impacto nas demonstrações financeiras. Portanto, alinhar as operações aos critérios de ESG é essencial para garantir o futuro dos negócios.