DP World Santos começa a eletrificar equipamentos no porto

Redação – 23.06.2023 – Com meta de neutralizar emissões de carbono até 2040, DP World dá início à eletrificação de equipamentos no Brasil  
Guindaste elétrico da DP World Santos (foto: divulgação).

O terminal privado DP World Santos, localizado no porto homônimo, está ampliando o uso de equipamentos elétricos. A substituição de RTGs (guindaste utilizado para movimentação de contêineres) de combustão por elétricos começou, com o primeiro já em operação. O projeto prevê a adaptação de um total de 22 equipamentos, que atualmente funcionam à base de diesel.

A expectativa é que outras quatro máquinas sejam eletrificadas até o final de 2023 e o restante em 2024. A iniciativa faz parte de uma estratégia global da empresa para neutralizar as emissões de carbono até 2040. Ao final do processo de eletrificação, o consumo de diesel do terminal será reduzido em até 60%. 

A tecnologia para a eletrificação do maquinário vem da Alemanha. Ela funciona por meio de um conjunto com “braço elétrico”, alimentado por cabos e interligado a duas hastes. No terminal, oito eletrocentros serão instalados na retroárea para fornecer energia aos RTGs. Cada eletrocentro será capaz de alimentar quatro blocos da quadra de contêineres, com uma linha de rolagem de até 300 metros. O investimento total no projeto é de mais de R$ 80 milhões. 

O projeto para a adoção de energia de fontes renováveis em todos os equipamentos portuários está em vigor nos 75 países em que o Grupo DP World atua. Atualmente, novos equipamentos adquiridos pelo grupo já são alimentados por energia. 

No ano passado, a DP World cortou as emissões diretas de carbono de suas operações globais em 5%, de acordo com seu último relatório ESG. A empresa pretende investir até US$ 500 milhões para reduzir as emissões de CO² de suas operações em quase 700 mil toneladas nos próximos cinco anos. 

Ações se sustentabilidade no Brasil 

No país, a DP World Santos vem realizando esforços para a sustentabilidade ambiental de suas atividades desde a fase de obras do terminal. A empresa investiu R$ 12 milhões em mais de 30 projetos voltados à fauna e flora da região e realizou o salvamento de mais de 35 mil plantas e sementes, com reaproveitamento da biomassa e resíduos vegetais e monitoramento de restingas e manguezais. 

Além disso, promoveu o monitoramento e o manejo da fauna terrestre presente na região onde o terminal foi construído, visando preservar as espécies em locais autorizados pelo Ibama e a conservação de mais de 50 hectares manguezal e restinga no entorno. 

Em 2022, tornou-se o primeiro terminal portuário do Brasil a não destinar resíduos para aterros sanitários após a implementação do projeto Aterro Zero, que tem como objetivo reaproveitar todos os resíduos gerados no local, com destaque para os não-recicláveis, que se transformam em energia sustentável para atividades já existentes da indústria. Desde o início do projeto, mais de 479,40 toneladas de resíduos sólidos deixaram de ser enviadas a aterros sanitários.