Acesso ao Porto de Santos já está saturado, afirma Crea-SP

Redação – 29.06.2023 – Conselho de engenharia do Estado sugere uma cooperação técnica para resolver problemas logísticos do porto 

De acordo com um relatório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) sobre a infraestrutura logística do Porto de Santos, trechos da rodovia Anchieta-Imigrantes já se encontram saturados ou na iminência de atingir os seus níveis de capacidade quando se fala no acesso aos terminais. 

O Porto de Santos é o maior complexo portuário da América Latina, sendo responsável por cerca de 25% do comércio exterior brasileiro. Por isso, o Crea-SP ofereceu um Termo de Cooperação Técnica para trazer opções para resolver o problema logístico. 

O presidente do conselho paulista, Vinicius Marchese, pediu à Autoridade Portuária de Santos (APS) dê suporte à elaboração de projetos de integração e infraestrutura do local. “São mais de 350 mil profissionais registrados que podem ajudar no desempenho de todas as diretrizes do complexo portuário, atendendo as demandas de infraestrutura por meio da atuação da área tecnológica, e assim contribuir para o desenvolvimento regional”, propõe Marchese. 

Durante o encontro, Anderson Pomini, diretor da APS, pontuou as necessidades do empreendimento na região e reforçou que a cooperação técnica entre as instituições pode auxiliar nesse processo. “Precisamos melhorar a infraestrutura de dragagem para atender o mercado. E queremos também implementar um túnel ligando Santos e Guarujá, e, ainda, promover uma integração com os moradores dessas cidades”, relata o diretor-presidente. 

Relatório de logística  

Além do gargalo no Porto de Santos, o relatório do Crea-SP traçou sugestões técnicas para o fluxo dos trechos críticos diagnosticados na rodovia Anchieta-Imigrantes, com solução integral e revisão completa das funcionalidades atuais dos modos de transportes entre o Planalto e a Baixada, em destaque o modo ferroviário. 

Além desta análise, o documento elaborado em 2022, aponta para outras diversas demandas de logísticas e de desenvolvimento em diferentes regiões do estado, alertando para um possível colapso no sistema logístico paulista, caso as alternativas não sejam adotadas a tempo.