CBIC estima que novo MCMV vai trazer 300 mil empregos

Redação – 20.07.2023 – Presidente da CBIC aponta que alterações nos valores de financiamento são benéficos ao setor 

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) de geração de aproximadamente 300 mil novos empregos com carteira assinada na construção civil em todo o País. O número será resultado do novo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que prevê impactos na empregabilidade do setor até 2026. O projeto de lei que estabelece o novo programa Minha Casa, Minha Vida foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quinta-feira (13/7). 

Em entrevista ao jornal A Redação, o presidente da CBIC, Renato Correia, afirmou que a expectativa é de que sejam construídas cerca de 500 mil moradias por ano. O desafio continua sendo reduzir o déficit de moradias no Brasil, que se mantém entre 6 e 7 milhões de moradias, mesmo patamar de quando o programa começou, em 2014. 

Ele defendeu mais investimentos para o programa, que já construiu mais de 6 milhões de casas ao longo de sua implementação, o que não foi suficiente para reduzir o déficit. Para Correia, o investimento precisa ser feito para trazer mais eficiência para o setor da construção civil 

“Se não for assim, acabamos gastando mais para fazer o que poderíamos fazer gastando menos. Ou seja, para o orçamento que a União vai dedicar ao programa no ano que vem, seriam necessários, em vez de R$ 9,5 bilhões na faixa 1 (para famílias com renda mensal de até R$ 2.640), colocar entre R$ 18 bilhões e R$ 20 bilhões para garantir que as obras continuem e que possam ser feitas mais contratações”, disse ao jornal. 

O presidente da CBIC também destacou o aumento do teto de financiamento do MCMV, que passou de R$ 265 mil para R$ 350 mil, unificando o valor para todo o Brasil. Segundo ele, isso vai ajudar o mercado de imóveis a atender o programa, que hoje está com limitação de financiamento devido aos juros altos. 

O governo federal estima que o novo formado do Minha Casa, Minha Vida entregue 8 mil unidades habitacionais até o fim deste ano, além de retomar as obras de 21,6 mil casas. A meta é contratar 2 milhões de moradias até 2026, incluindo a possibilidade de acesso ao programa por populações em situação de risco.