Rio Pinheiros tem “elevador” de embarcações em SP

Processo de eclusagem realizado na Usina São Paulo (foto: divulgação Emae).
Redação – 21.08.2023 – Eclusagem de embarcações é realizado no coração da capital paulista dentro de Usina Elevatória da Emae 

O Rio Pinheiros corta a cidade de São Paulo, passando por importantes trechos do município e permite que embarcações façam travessias. Para facilitar esse trânsito, existem eclusas que fazem movimentações entre a parte mais baixa do rio para a mais alta e vice-versa. É como se fosse um elevador para barcos. 

Esse processo é realizado dentro da Usina Elevatória São Paulo, estrutura operada pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). Para o que o procedimento seja realizado, a Emae fornece os equipamentos necessários e mão de obra especializada para manobrar os painéis de vedação da eclusa. 

O trecho mais baixo, chamado de Pinheiros Inferior, começa na Estrutura de Retiro, confluência dos rios Pinheiros e Tietê, na região do Cebolão, e vai até a Usina São Paulo, próximo à Estação Vila Olímpia. Já a parte mais alta, o Pinheiros Superior, fica entre as usinas São Paulo e Pedreira, na região de Interlagos. Ambos os trechos compreendem os 25 quilômetros do rio. 

Como funciona 

De forma prática, funciona assim: se a embarcação vier do Pinheiros Inferior para Superior, os painéis de vedação do lado do inferior são removidos com auxílio de um guindaste e, em seguida, a embarcação entra no vão da eclusa. Após essa etapa, os painéis de vedação são reinseridos. A próxima etapa é a remoção dos painéis do lado superior, momento em que o nível da eclusa vai subindo gradualmente, até se equalizar com o nível do superior. Quando o nível estiver estável, a embarcação é rebocada para fora da eclusa e ingressa no superior. Para fazer o caminho contrário, todo processo é repetido. 

A importância da eclusagem está no fato de facilitar a transposição de embarcações entre os dois níveis de um rio ou reservatório, sem a necessidade de remoção dessas embarcações do espelho d’água, o que traria a necessidade de guindastes de grande tamanho. Dependendo do porte dos barcos, haveria a necessidade de uma operação complexa de carga e descarga. 

As características de cada embarcação podem variar, porém, os limites para eclusagem são: 7 metros de largura e 25,35 de comprimento.