BNDES modelará nova concessão do transporte público de Curitiba

Redação – 30.10.2023 – Meta é alcançar um percentual de 33% de ônibus elétricos até 2030 e 100% até 2050, zerando emissões de CO2 

O BNDES vai estruturar o projeto de concessão dos serviços de transporte público coletivo de Curitiba (PR). A contratação, entre o BNDES e a Urbanização de Curitiba S.A. (URBS), sociedade de economia mista ligada à administração municipal, foi confirmada na última sexta-feira (27/10). 

Alinhado ao Plano de Mobilidade Sustentável de Curitiba, o projeto tem como premissas o redesenho das linhas de ônibus, aumentando a eficiência energética do sistema, e a implantação de uma solução gradual para descarbonizar os veículos da frota. A meta é alcançar um percentual de 33% de ônibus elétricos até 2030 e ter toda a frota eletrificada até 2050, zerando as suas emissões de CO2. 

Outra meta da nova concessão é ampliar o número de passageiros no transporte coletivo, reduzindo o uso do transporte individual motorizado. Segundo dados do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), o transporte público atualmente é responsável por cerca de 25% das locomoções na cidade. Com a reestruturação, espera-se que, até 2050, os deslocamentos em transporte coletivo e mobilidade ativa (bicicleta ou caminhada) no município cheguem a 85%. 

Implantado na década de 1970, o sistema de transporte público de Curitiba é considerado referência em mobilidade urbana, sendo uma das primeiras redes no mundo de faixas exclusivas de ônibus – bus rapid transit (BRT). Apesar disso, vem passando por readequações para atender às necessidades de deslocamento e ao crescimento da população do município, hoje de cerca de 2 milhões de pessoas. 

A rede conecta diferentes regiões da cidade, além de estar interligada a outros 15 municípios da região metropolitana. Atualmente, transporta cerca de 755 mil passageiros por dia em suas 244 linhas, operando com uma frota de mais 1,1 mil veículos, incluindo ônibus articulados e convencionais. Os serviços estão sob concessão desde 2010, com previsão de término do contrato em 2025. 

Por meio do contrato celebrado com a URBS, o BNDES ficará responsável por acompanhar todas as etapas do processo licitatório para a nova concessão, incluindo contratação de consultoria para a realização dos estudos, interação com licitantes e partes interessadas, realização de consultas públicas e apoio na realização do leilão.