Norma impulsiona atualização da videovigilância no Porto de Santos

Redação – 09.02.2024 – A atualização de 30% do equipamento de vigilância por vídeo no BTP traz maior segurança e controle no acesso ao maior terminal do País

A Portaria COANA nº 80 trouxe novas obrigações para o setor portuário brasileiro, que agora precisa dar mais atenção ao sistema de videomonitoramento. Por causa disso, o Brasil Terminal Portuário (BTP) do Porto de Santos (SP) modernizou parte de sua estrutura de videovigilância com a instalação de 460 câmeras de alta resolução da marca Axis.

O BTP é o maior porto responsável pelo controle e movimentação de cargas e contêineres do País. O terminal tem uma capacidade de movimentação anual de 1,5 milhão de TEUs (unidade de medida padrão para um contêiner de 20 pés), cobrindo 4,63 milhões de pés quadrados (mais de 430 mil metros quadrados).

A atualização da regulamentação apresentou novos desafios, não só pelo tamanho do terminal, mas também por ser obrigado a manter a vigilância por vídeo 24 horas por dia, 7 dias por semana, independentemente do clima ou das condições atmosféricas, como neblina, neve e fumaça. Além de reter as imagens obtidas pelos sistemas de vigilância por vídeo por 180 dias, como a leitura de placas de identificação dianteiras e traseiras, o que implicou um aumento na capacidade de armazenamento.

Ao implementar câmeras multidirecionais, térmicas e bispectrais, o BTP conseguiu aprimorar suas ferramentas para monitorar as áreas de movimentação de contêineres, controlar os navios em operação, detectar intrusões no perímetro e examinar as áreas administrativas e operacionais e, claro, cumprir as normas vigentes.

Sistema ultrapassa necessidades previstas em norma

Fábio Carvalho, gerente de segurança do Brasil Terminal Portuário, comentou que, embora a Portaria nº 80 da COANA não tenha especificado os aprimoramentos tecnológicos implementados no BTP, a intenção é se preparar para o futuro. “Conseguimos eliminar deficiências e enxergar uma área quatro vezes maior, o que melhora muito o projeto e a relação custo-benefício em termos de infraestrutura”, diz.

O terminal portuário está confiante de que, graças à tecnologia, não apenas os contêineres estão mais seguros, mas também foi possível fazer mais com menos, como substituir o equipamento de vigilância por vídeo, aumentar a cobertura, obter comunicação bidirecional e integrar o controle de acesso. Além de evitar e economizar a construção de um novo data center para aumentar a capacidade de armazenamento de dados.

“A cada três anos, renovamos nossa frota em 30%, mas antes de comprar, vamos ao mercado para ver o que está disponível em termos de atualizações. Essa última transição valeu muito a pena, pois incorporamos câmeras com excelentes recursos tecnológicos, que nos ajudam no dia a dia e trazem mais qualidade ao gerenciamento de incidentes. Em futuras atualizações, podemos pensar em padronização”, concluiu.