Fusões e aquisições de TICs e Mídia caem, mas representam metade do total no Brasil

Redação – 18.03.2024 – Foram 26% menos aquisições ou fusões em empresas de telecom, tecnologia e mídia em 2023, mas números ainda estão maiores que em 2021

O setor brasileiro de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações (TMT) registrou 725 fusões e aquisições em 2023, uma queda de 26% na comparação com 2022, quando foram registradas 984 transações. Ainda assim, o número mais recente das operações no setor atingiu 48% do total de 1.505 transações realizadas no Brasil em 2023.

Os dados constam na tradicional pesquisa da KPMG sobre o assunto, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira. Segundo o conteúdo, em 2023, foram realizadas as quantidades a seguir de operações nos seguintes segmentos: Tecnologia da Informação (345), Empresas de Internet (299), Telecomunicações e Mídia (57), Publicidade e Editoras (24).

A consultoria explica que a queda das operações do setor está bem próxima da média nacional e essas são as empresas que mais contribuem, historicamente, para a quantidade de fusões e aquisições. A diferença mais expressiva ocorreu no segmento de Empresas de Internet, o que ajuda a explicar a diminuição na comparação de um ano com o outro. A expectativa para o futuro é de recuperação no número de transações com a melhoria de indicadores econômicos, diz a KPMG.

Setor TMT

2023

2022

Tecnologia da Informação

345

268

Empresas de Internet

299

640

Telecomunicações e Mídia

57

61

Publicidade e Editoras

24

15

Total TMT

725

984

Total Brasil

1.505

1.728

Segundo a pesquisa da KPMG, o Brasil registrou 1.505 fusões e aquisições de empresas em 2023, uma queda de 13% na comparação com 2022, quando foram realizadas 1.728 operações desse tipo. Apesar de 2023 ter registrado menos operações que 2022, e menos também que 2021 (1.963 transações), os números atuais são superiores a períodos anteriores: 1.117 em 2020, 1.231 em 2019, 967 em 2018, 830 em 2017, e 740 em 2016.

As razões para a queda desses números estão no aumento global de taxas de juros, que afetou a liquidez e a redução do número de transações global, e, também, em função de instabilidades geopolíticas globais.