Komatsu entrega 700º caminhão autônomo para operação em mineração

Caminhão autônomo em operação na mina de Lomas Bayas, no Chile (foto: divulgação Komatsu).
Redação – 22.03.2024 – Mineradora chilena adquiriu veículo; no Brasil, já são 14 caminhões autônomos da marca em operação

A Komatsu anunciou esta semana que chegou a 700 caminhões autônomos em operação em todo o mundo com o sistema FrontRunner. O 700º caminhão AHS (Sistema Autônomo de Transporte, em português) foi implantado na mina de cobre Lomas Bayas da Glencore, no Chile, que introduziu o Komatsu AHS pela primeira vez em novembro de 2023.

Este marco é uma conquista significativa para a Komatsu, que iniciou o teste AHS em 2005 e implementou o primeiro equipamento comercial do mundo em janeiro de 2008. Desde então, a empresa já implantou seus caminhões autônomos em 23 minas, em cinco países, sendo que 100 deles são do modelo 980E-AT, um dos maiores equipamentos basculantes de ultraclasse do mundo, capaz de transportar 400 toneladas.

Segundo Abraham Chahuán, diretor de Ativos de Cobre da Glencore na América do Sul, a entrada em operação dos primeiros caminhões autônomos na região significa a conclusão da primeira etapa do plano da mineradora, “que pode se estender para outros locais, levando o benefício do que está sendo conduzido aqui hoje”, disse

A Komatsu realizou o primeiro teste de caminhão autônomo no Japão em 1990. Implementou a tecnologia no Chile (2005), Austrália (2008), Canadá (2013) e Brasil (2019). A Vale foi a primeira parceria no Brasil a implantar caminhões autônomos na mina de Carajás (PA). Primeiro caminhão autônomo entrou em operação no País em setembro de 2021. Hoje são 14 em operação.

Vantagens dos veículos autônomos

Os equipamentos automatizados e operados remotamente não só aumentam a segurança das operações e protegem as pessoas, mas também oferecem benefícios ambientais notáveis. Por meio de uma gestão operacional contínua, possibilitada pelo controle autônomo, a Komatsu diz ser possível prolongar a durabilidade dos equipamentos e de seus componentes.

Destaca-se também o aumento de aproximadamente 40% na vida útil dos pneus e uma diminuição de até 13% em manutenções gerais, resultando em menos resíduos quando comparado às operações convencionais. Adicionalmente, a maior estabilidade da operação, resultando em menor frequência de interrupções para manutenção ou trocas de turno em máquinas autônomas, eleva a produtividade em até 15%.

Também há impactos direto nos custos, como o de carregamento e transporte de materiais, que caem até 15% em relação às operações que utilizam máquinas tripuladas. A Komatsu ainda diz que há redução no consumo de combustível, o que leva a uma emissão menor de CO2.