APAT quer mais investimentos em infra além do PAC

Redação – 11.04.2024 – Programa de Aceleração do Crescimento lançado no final de 2023 prevê aporte de R$ 1,7 trilhão para os próximos quatro anos, sendo R$ 240 bilhões apenas para infraestrutura

O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, anunciado no ano passado, promete R$ 1,7 trilhão para investimentos. O valor deixou inúmeros setores otimistas com a possibilidade de os aportes reaquecerem mercados, sendo que o de infraestrutura é o primeiro deles. Para Fernanda Braga, gerente administrativa da Associação de Profissionais de Agrimensura e Topografia (APAT), esse movimento é realmente animador, mas não pode ser o único.

Ela lembra que, do valor total, R$ 240 bilhões serão destinados ao setor de infraestrutura nos próximos quatro anos, sendo R$ 60 bilhões por ano. Isso já é um aumento significativo comparado aos R$ 20 bilhões investidos em 2022, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). “Entretanto, não podemos parar por aqui. Ainda é necessário que o poder público e a iniciativa privada façam aportes mais significativos para resolver gargalos de infraestrutura em todo o Brasil, não apenas nos grandes centros”, diz.

A gerente da APAT argumenta que o Brasil é muito grande e possui um relevo bastante acidentado, o que amplia a necessidade de realizar continuamente grandes projetos de infraestrutura, construção civil, mobilidade urbana, entre outros. “Por isso, é importante ter um olhar atento e buscar soluções para os gargalos que existem há décadas, até porque não se trata apenas de fazer obras, mas de gerar emprego e renda, além da capacitação de profissionais e implementação de tecnologias mais avançadas”, destaca.

Além disso, ainda de acordo com Fernanda, é necessário pensar também em como aportes como esse resultam em obras e estruturas mais seguras para as pessoas e evitam problemas considerados frequentes no país, como deslizamentos, por exemplo. “Por motivos como baixo orçamento e falta de qualidade no serviço, seja na construção ou no monitoramento, temos casos de rompimento de barragens, grandes deslizamentos de terras, afundamento de solos e outros desastres que poderiam ser prevenidos. Isso também precisa ser contemplado no PAC”, finaliza.