Construção civil em Campinas pode crescer até 20% em 2024

Redação – 17.04.2024 – Perspectivas de diferentes associações locais são positivas e impulsionadas por planos de construtoras

A Associação Regional da Habitação de Campinas (Habicamp) projeta crescimento entre 14% e 15% para o setor da Construção Civil na cidade este ano. Na perspectiva da Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (Aelo), o desempenho do setor campineiro pode ser ainda mais efetivo, com aumento de 20% em construções.

No conjunto que favorece a construção civil em 2024, Francisco de Oliveira Lima Filho, presidente da Habicamp, elenca entre os principais fatores para o crescimento de até 15% em construções civis na região os programas de habitação governamentais, a queda na taxa básica de juros, que estimula mais investimentos, e o incremento de 50% nos saldos das contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). “O cenário, de fato, é promissor, com benefícios para quem está em busca do imóvel próprio. Também representa um grande incremento para o mercado”, afirma.

De acordo com Júnior Cabrino, delegado Regional da Aelo, a construção civil em 2024 tem potencial para crescer até 20% em 2024. “Para a região de Campinas, o desempenho do setor traz na esteira a geração de muitos postos de trabalho”, afirma. Em 2023, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do total de 1,48 milhão de vagas formais o setor contribuiu com 158.940 empregos.

Setor da construção civil já traça projetos para Campinas

Um exemplo está no subúrbio da cidade, no distrito do Campo Grande, local que concentra 40% da população de Campinas em 1,5 milhão de metros quadrados. Por lá, o loteamento Bela Aliança Bairro & Parque projeta em 2024 mais de mil obras na área planejada com 1.844 lotes de utilização mista.

Como sócio-presidente da Montana Urbanismo, que juntamente com a Montante Desenvolvimento Urbano lançou o Bela Aliança Bairro & Parque, Cabrino observa que este canteiro de obras reflete, além de oportunidades de empregos, o crescimento econômico para a região. “Uma única construção agrega insumos, especialidades como hidráulica, elétrica e acabamento, entre outros elos que são beneficiados. Quando pensamos em mil unidades construídas, temos a dimensão do benefício para a cadeia produtiva”, destaca.

O bairro planejado tem demarcados lotes a partir de 250 m² de utilização mista, que contemplam moradia e pequenos negócios, como café, pizzaria delivery, floricultura, lavanderia, bicicletaria, frutaria, salão de beleza, mecânica, entre outros.

Franquias de academias, minimercados, escola de idiomas, bancos e demais empreendimentos de médio porte ocupam terrenos a partir de 1.846 m², de acordo com a logística do bairro. Também os negócios de grande porte, a exemplo de hipermercado, atacarejo, loja de departamentos, hortifruti, têm seus lotes definidos no projeto. A maior área conta com 16.480 m².

“Com os investimentos que virão da construção civil em 2024, o município como um todo vai colher benefícios, que tendem a se ampliar à medida que as edificações forem tomando forma neste hub de serviços e comércio essenciais, como no caso do Bela Aliança”, conclui Júnior Cabrino.