O SUS também é high tech

No Brasil, mais de 152 milhões de pessoas dependem exclusivamente da rede pública de saúde. Quando se analisa toda a vida de um cidadão, ao menos alguma vez 190 milhões de pessoas dependeram do Sistema Único de Saúde (SUS), que completou 31 anos de existência agora em 2021. Em números gerais, o SUS representa um dos maiores serviços públicos de saúde do mundo (se não o maior), e isso explica as movimentações de parte da sociedade civil e de uma legião de especialistas médicos em sua defesa e aprimoramento contínuos. Mas, tecnologicamente, o SUS acompanha o mercado?

A resposta é sim, e é justamente esse o cenário que a Revista InfraDigital Telemedicina fez questão de abordar nesta edição.

Na reportagem principal (Capa), trazemos o exemplo do Hospital Moinho dos Ventos, uma instituição privada do Rio Grande do Sul que implementou projeto de telemedicina há mais de três anos para levar atendimento de qualidade às Unidades de Terapia Intensiva Pediátricas (UTIP) de hospitais públicos. Os resultados da iniciativa foram vários e estão detalhados na reportagem, mas destaco aqui o principal: redução de mortalidade em 50% em um dos hospitais pediátricos atendidos pelo programa.

Na seção de entrevista, trazemos o assunto Teleinterconsulta, com o Dr. Renato Azevedo Júnior confirmando o que reportagens de edições anteriores da Revista InfraDigital já adiantaram: a telemedicina vai muito além da teleconsulta. Entre outras informações, o cardiologista conta o caso de sucesso do programa de telemonitoramento, implementado em 25 Unidades Básicas de Saúde (UBS) de São Paulo. Desde 2019, ele gerou como resultado uma grande redução no tempo de espera por atendimentos de especialidades médicas, como a própria cardiologia.

Também no rol dos serviços públicos, esta edição traz o caso de sucesso com a segurança de dados da Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (Afip), que também oferece atendimento médico a comunidades mais carentes em várias regiões no Brasil.

Boa leitura!