TIM pretende fazer migração de clientes da Oi em duas etapas

Redação – 25.02.2022 – Operadora planeja uma migração técnica primeiro, para depois começar a tarifar os clientes sob sua marca 

A TIM revelou como pretende fazer a migração de clientes da Oi. Em um primeiro momento, a migração será apenas técnica, permitindo que os novos consumidores utilizem a rede da TIM de forma transparente (algo parecido com o roaming). Depois, virá a migração dos dados do cliente e aí sim ele será tarifado pela TIM. A explicação foi feita por Leonardo Capdeville, CTIO da TIM Brasil, que participou de uma coletiva de imprensa realizada pela operadora hoje (24/2), após apresentação dos resultados financeiros de 2021. 

Na primeira etapa, a migração técnica será feita por DDD, de forma a simplificar o processo. Capdeville disse que os clientes – novos e antigos – conseguirão ver benefícios logo de cara, já que a banda de espectro da TIM será maior. No entanto, nesta etapa, a cobrança dos clientes ainda será feita pelos sistemas da Oi. 

Apenas no segundo passo que o cliente vai perceber que agora sua operadora é a TIM. Isso porquê, segundo Alberto Griselli, CEO da TIM, a intenção é que a migração seja de forma transparente para que o cliente não perceba. 

As regras para a compra da Oi obrigam as compradoras (Claro, Vivo e TIM) a manterem os mesmos planos que o cliente tinha. Por isso, na segunda etapa, a migração para os clientes da Oi para a TIM será feita por planos: primeiro o pré-pago, depois o controle e então o pós-pago. 

Limpeza do espectro 5G 

Na coletiva, também foi abordada a atuação da Entidade Administradora da Faixa (EAF), presidida por Leandro Guerra, ex-diretor de Assuntos Institucionais da TIM Brasil. A entidade será a responsável por fazer o meio de campo entre as empresas de radiodifusão e as operadoras móveis no uso da faixa 3,5 GHz. 

Para Mario Girasole, vice-presidente para Assuntos Regulatórios da TIM Brasil, a expectativa é que o processo seja mais simples do que foi quando houve a migração da TV digital. Isso porque era um processo muito mais complicado, que envolvia a entrega de conversores em todo o País. No caso de agora, é uma questão de atender um número menor de pessoas que precisam ter seu sinal de TV parabólica para a banda Ku. 

Ele também entende que toda a experiência obtida na época da TV digital vai ajudar no relacionamento entre as partes. “Já estamos verificando isso”, afirma ele. 

Capdeville também comentou sobre o uso do espectro do 2G. Ele afirma que não há previsão para que ele seja apagado, pois depende da migração dos dispositivos que usam a rede. “O mesmo vale para o 3G”, lembra ele. O executivo comentou sobre um plano com a Vivo para que cada operadora cubra uma parte do Brasil com rede 2G para baratear o processo.