Gestão de resíduos sólidos é chave para desenvolvimento sustentável da AL

Redação – 21.03.2022 – Representante da PNUD defende que a gestão de resíduos sólidos pode ajudar países da região a combater mudanças climáticas 

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) defende uma melhor gestão dos resíduos sólidos para impulsionar o desenvolvimento sustentável da América Latina. A fala partiu de Katyna Argueta, representante-residente do PNUD, durante a abertura da 1ª Conferência Internacional de Resíduos Sólidos (CIRSOL), realizada semana passada em Recife (PE). 

Para que o desenvolvimento sustentável seja possível, é necessário não apenas aperfeiçoar os processos de coleta e reciclagem, mas também repensar a produção e o consumo e impulsionar a economia circular, segundo Katyna. Ela ainda aponta que um terço de todos os resíduos urbanos produzidos na América Latina e no Caribe ainda acaba em aterros a céu aberto ou no meio ambiente. 

Os resíduos sólidos são fontes de emissão de gases de efeito estufa, não apenas por sua relação com a produção e o consumo, mas também em função das emissões de metano, quando dispostos em lixões ou mesmo em aterros sanitários. A América Latina gera, em média, 1 quilo de resíduos sólidos por habitante ao dia, abaixo dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Brasil e México são os que mais produzem resíduos na região. 

Gestão é desafio 

Para a representante do PNUD, a gestão dos resíduos sólidos é um dos principais desafios para o desenvolvimento sustentável latino-americano. “Precisamos de iniciativas estratégicas e políticas que fomentem a economia circular de forma a enfrentar os dois lados da moeda”, declarou. 

O próprio PNUD apoia governos na formulação de políticas e regulamentos sobre resíduos sólidos, no fortalecimento de mecanismos de transparência e responsabilidade, na busca por inovação tecnológica, na conscientização dos atores nacionais e internacionais sobre o tema.