Conectividade e educação andam lado a lado

Redação InfraDigital – 15.08.2022 – VP de Transformação Digital da Ânima Educacional destaca o papel da tecnologia na educação no pós-pandemia 

No mais novo episódio do Conexão InfraDigital, a conversa foi sobre educação digital e as necessidades de tecnologia e conectividade para este setor. Contando com a presença de Patrícia Fumagalli, vice-presidente de Transformação Digital da Ânima Educação, e Antenor Nogara, country manager da HPE Aruba no Brasil, o programa mostrou como a educação tem grandes oportunidades para os provedores de serviços de tecnologia e conectividade, principalmente nas cidades mais distantes dos grandes centros urbanos. Confira. 

Os professores têm dificuldade com os dispositivos, segundo pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Ela revela que o aprendizado na educação digital que nós tivemos durante a pandemia não foi o suficiente? 

Patrícia Fumagalli: Eu acho que é importante dizer que a pandemia acelerou um processo que ia acontecer mais cedo ou mais tarde. O processo de trazer a experiência digital para o ensino-aprendizagem já estava começando a acontecer. Nós (Ânima Educação) começamos a fazer isso de forma estruturada em 2017. O que a pandemia fez foi acelerar esse processo e, ao acelerar, tornou gritante como o País não estava preparado para isso. Escancarou uma realidade uma necessidade de investimento que precisa ser feita para propiciar essa educação digital. Isso vale tanto para os alunos quanto para os professores. 

Os professores também precisam ser preparados a dar uma aula digital. São outros recursos e o que a gente já sabe que não funciona é você se conectar num vídeo e fazer o que você faria na sala de aula. Então, além dele (professor) precisar ter essa conexão e essa familiaridade com o mundo digital, ele tem que repensar as práticas pedagógicas. 

Como você avalia o cenário da educação no Brasil hoje e se já há algum tipo de de direcionamento para poder melhorar? 

Patrícia Fumagalli: Apesar de todo o potencial que a educação digital traz, ela requer conectividade. A infraestrutura básica é questão fundamental. Não adianta a gente querer fazer a discussão de recursos se você não tem uma conexão na internet que funciona. Então essa é uma premissa. Se você tem uma conexão muito básica, você vai ter que se restringir a consumir conteúdos de forma simples. No máximo, vou fazer eu vou acessar um link, eu vou ler. Se eu consigo um pouco mais, eu já posso consumir vídeos, podcasts, games e eu permito interações síncronas, que é você poder ter uma troca ali de grupos online, comunidade de aprendizagem, o professor dando aula ao vivo. Comunicação de dados, mas também dispositivos. Tem muita gente que depende só do celular. Às vezes é um celular compartilhado, às vezes é um computador compartilhado na região. Então ela só tem um X tempo por dia. 

Quais são as soluções de tecnologia e conectividade que você enxerga que são passíveis de serem aplicadas nesse setor? 

Antenor Nogara: Eu vou tentar me concentrar no aspecto de conectividade e reforçando suas bases dentro dos seus data centers ou dos seus workloads que estejam na nuvem, na integração desses ambientes. Existem aí soluções para você não só entregar rede, mas também segurança. Além disso, olhar sempre com uma perspectiva de facilidade de gestão, então ter uma plataforma de gestão que seja comum a todos esses ambientes, de forma que o custo operacional dessa rede seja também mais eficiente. Também tem condições de entregar uma experiência de conectividade sem fio tanto para o corpo docente quanto para os alunos de um campus. 

Qual é a tecnologia que tem sido mais buscada nesse setor? 

Antenor Nogara: Existem algumas variações, mas eu diria para ti que tecnologias para entrega de conteúdo foram o foco de investimentos, assim como em data center e nuvem, tipicamente para geração de conteúdo. Mas uma organização distribuída geograficamente vai precisar fazer a distribuição desse conteúdo, então é preciso usar tecnologias como a SD-WAN, que tem sido uma das mais demandadas. especialmente aquelas que tem a competência de entregar também a utilização né alguma  

Outra demanda que tem crescido muito é justamente a atualização das redes Wi-Fi, que foram por quase dois não utilizadas. Aquela planta que já vinha de algum tempo atrás pode ter caído em obsolescência e, de repente, você se depara com o aluno e o professor buscando algo mais performático. 

Pensando nessas tecnologias que o Antenor apresentou, quais são as tecnologias estratégicas para o grupo Ânima? 

Patrícia Fumagalli: A gente usa todas essas que o Antenor mencionou. Nós temos hoje 27 marcas presentes em 12 estados e mais de 330 mil alunos, além de18 mil colaboradores, entre professores e administrativos, então é uma operação bastante distribuída. A gente tá tendo agora o retorno às unidades de ensino e a nossa crença é que o futuro da educação, qualquer que ele seja, será híbrido. As proporções é que vão mudar dependendo da faixa de idade. Para as crianças menores, você tem mais aulas presenciais. Depende da área de conhecimento, depende do curso. Enfim, tem vários caminhos, mas sempre haverá, a partir de agora, uma composição entre o que é presencial e o que é digital. 

Então, no nosso caso, a gente tem uma operação que é centralizada então é uma plataforma única e uma matriz acadêmica que é como para todo o grupo. Com isso, a gente usa muita solução de nuvem.

No episódio, Patrícia Fumagalli também falou mais sobre as iniciativas digitais da Ânima Educacional. Confira: