Bosch vai usar computação quântica para encontrar substitutos de minérios usados em eletrificação

Redação – 16.11.2022 – Empresa anunciou parceria com IBM para realizar pesquisas quânticas em busca de materiais que substituam minérios usados em eletrificação 

Segundo anunciou de Stefan Hartung, presidente mundial da Bosch, a empresa está em parceria com a IBM no campo da computação quântica. O objetivo da Bosch é usar a simulação de computação quântica de materiais para encontrar substitutos para os metais utilizados no motor elétrico e na célula de combustível nos próximos dez anos. O anúncio foi realizado durante o Bosch Connected World (BCW) 2022, realizado em Berlim, na Alemanha, semana passada. 

A Bosch colabora na simulação de materiais que são especialmente importantes para aplicações industriais. Em contrapartida, terá acesso à frota de mais de vinte computadores quânticos avançados disponíveis na nuvem da IBM. Com a ajuda de futuras gerações de computadores quânticos, a Bosch visa determinar as propriedades de novos materiais de formas que seriam impraticáveis em computadores convencionais em termos de tempo ou complexidade. 

À medida que o desempenho do computador quântico melhora em um futuro mais distante, pode ser possível tirar conclusões sobre propriedades específicas de novos materiais em uma fração do tempo necessário em computadores convencionais. O trabalho sobre algoritmos quânticos para explorar casos de uso de interesse envolverá pesquisa de especialistas tanto da Bosch como da IBM.   

Atualmente, a Bosch tem cerca de 30 especialistas trabalhando nas áreas de tecnologia de sensores quânticos e computação quântica. Desde o início deste ano, uma startup da Bosch vem trabalhando para acelerar a comercialização de sensores quânticos. 

Como os computadores quânticos, os sensores quânticos também têm imenso potencial. Alcançam a precisão inaudita comparada aos sensores convencionais de MEMS (sistema microeletromecânico). No futuro, será possível usá-los para alcançar uma precisão de medição 1.000 vezes maior. Na medicina, por exemplo, os sensores quânticos serão capazes de ajudar a diagnosticar condições neurológicas, como a doença de Alzheimer, com mais precisão e facilidade.