BNDES destina R$ 3,5 bi para financiamento de projetos de geração de energia limpa

Redação – 11.01.2023 – Dois complexos eólicos e um solar, localizados na Bahia e em Minas Gerais, terão capacidade instalada total de 1,5 GW 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos para a implantação de complexos de geração de energia (dois eólicos e um solar), assim como as linhas de transmissão associadas, na Bahia e em Minas Gerais, capazes de gerar 1,5 GW. A verba disponível será de R$ 3,5 bilhões e será distribuída por meio do programa BNDES Finem. 

O investimento total dos três empreendimentos alcança R$ 10,6 bilhões, sendo que cada um deles será tocado por uma empresa diferente. A energia gerada pelas plantas será equivalente à necessária para atender cerca de 2,6 milhões de residências e a mais de 8,6 milhões toneladas de CO2 de emissões evitadas ao longo da vida útil dos projetos. Os empreendimentos contribuem para o aumento da capacidade instalada em energias renováveis e para o desenvolvimento do mercado livre de energia no País. 

Quais são os projetos

Implementado pelo Grupo Engie, o Complexo Eólico Serra do Assuruá está localizado no município de Gentio do Ouro (BA) e é composto por 24 parques eólicos com 188 aerogeradores da Vestas. Sua capacidade instalada total é de 846 MW. Com um empréstimo do BNDES de R$ 1,5 bilhão, o empreendimento de energia tem previsão de entrada em operação comercial de forma escalonada a partir de julho de 2024 até junho de 2025. 

O Complexo Eólico Novo Horizonte do Grupo Pan American Energy, localizado nos municípios baianos de Novo Horizonte, Boninal, Brotas de Macaúbas, Ibitiara, Oliveira dos Brejinhos e Piatã, é formado por 10 parques eólicos, dos quais oito receberão apoio de R$ 900 milhões do BNDES para implantação. O empreendimento somará investimentos de R$ 3 bilhões, com uma capacidade instalada total de 423 MW. 

Já o Complexo Solar Boa Sorte, localizado em Paracatu (MG), será implantado pelo Grupo Atlas e contará com oito usinas fotovoltaicas. O apoio do BNDES será de R$ 1,1 bilhão. O escopo do projeto também engloba a instalação de sistema de supervisão, segurança, controle, monitoramento local e remoto, assim como sistemas de comunicações. O complexo contará com mais de 778 mil painéis solares. A data prevista para o início da operação comercial é janeiro de 2025.