Parceria de Huawei e ISP leva 4G e 5G para 500 mil comunidades ribeirinhas

Ao microfone, Carlos Lauria, da Huawei, no debate que discutiu as oportunidades e os desafios da conexão 5G no País (foto: divulgação).
Redação – 30.11.2023 – Infraestrutura ao longo de 1,7 mil km do Rio Solimões alcançou 30% da população do estado de Amazonas

A Huawei e o provedor Veloso Net apresentaram os resultados da instalação de infraestrutura de banda larga ao longo dos 1,7 mil quilômetros da bacia do Rio Solimões, no estado do Amazonas. O projeto tem entregado conectividade 4G e 5G a comunidades e distritos que antes contavam com infraestrutura precária ou inexistente. O projeto alcança cerca de 500 mil pessoas, 30% da população do estado.

“Um grande efeito do leilão do 5G foi a obrigação de cobertura dos lugares mais remotos”, destaca Carlos Lauria, diretor de Relações Públicas e Assuntos Governamentais da Huawei. “Por isso, iniciativas como essa no Amazonas são muito importantes e mostram que as soluções estão aí. Ao mesmo tempo, não fico surpreso em ver que as operadoras já ultrapassaram as metas do leilão. A forma do edital foi muito bem feita e esses são os resultados”, disse.

Ele lembrou o desafio de levar conectividade para quem não mora nas cidades, que são cerca de 50 milhões de brasileiros que ocupam uma área que representa 95% do território nacional. Essa contradição entre a imensidão do território e a baixa densidade populacional é um desafio para o avanço do 5G devido aos custos de infraestrutura, se comparados com o retorno do investimento. A solução está na parceria entre governos e setores privados interessados em ocupar este mercado.

Para o executivo da Huawei, o mercado mostra que ajustes são necessários. “Está na hora de estimular o governo na criação de novas políticas, na antecipação das metas, na melhoria do ambiente de negócios e no avanço das tecnologias. O Brasil é um dos grandes exemplos em governo eletrônico e em serviços digitais, como o Pix. Esse tipo de serviço precisa atingir todas as pessoas igualmente e, para isso, a conectividade deve chegar até elas”, salientou.