Porto do Açu é a carta na manga para o agronegócio de GO

Redação – 12.04.2024 – Governo de Goiás afirma que Porto do Açu é aposta para impulsionar exportação e importação do Estado

O Porto do Açu deverá ser a principal via de escoamento, com melhor custo-benefício, para a produção do agronegócio de Goiás, compostas por grãos e de fertilizantes nos próximos anos, segundo o vice-governador do Estado, Daniel Vilela. Ele participou da abertura da Tecnoshow, realizada em Rio Verde (GO) esta semana, e disse que os produtores do estados já exportam grãos pelo porto localizado no norte do Estado do Rio de Janeiro, mas a expectativa é de que haja um salto com a implantação da ferrovia EF-118, que conectará o Espírito Santo ao Rio de Janeiro.

A linha vai criar um arco ferroviário e integrar os principais portos da região Sudeste. O presidente do Conselho da Associação Pro-Desenvolvimento do Estado de Goiás (ADIAL), José Garrote, também reforçou a importância da conexão com o Porto do Açu. “Goiás precisa ampliar suas possibilidades logísticas. Precisamos agregar valor aos nossos produtos, e a logística é um ponto essencial para isso.”

Atualmente, o Açu já é uma alternativa logística para a exportação de milho, soja e concentrado de cobre produzidos em Goiás, além da importação de fertilizantes e carvão para a produção de níquel do estado. Os produtos, que são movimentados pelo modal rodoviário, representam uma parcela significativa da movimentação do Terminal Multicargas do Porto.

“Temos capacidade de atender com eficiência e segurança aos produtores de Goiás. Somos um porto privado, em operação há menos de 10 anos, que já movimentou mais de 80 milhões de toneladas em 2023, possui área para expansão e sem fila de atracação”, explica João Braz, diretor Comercial e de terminais do Porto do Açu.

A conexão ferroviária, com a implantação da EF-118, possibilitará a ampliação do volume movimentado no porto. “De maneira imediata, a conexão ferroviária possibilitará a movimentação de 26 milhões de toneladas/ano, sendo 8 milhões de toneladas de grãos. A previsão é que, no futuro, a ferrovia movimente cerca de 40 milhões de toneladas”, explica Braz.

Plataforma logística completa

O Porto do Açu também deverá solucionar outro gargalo para a produção agrícola em Goiás, que é a estocagem. João Braz ressalta que a escassez de armazéns, muitas vezes distantes das zonas produtoras, resulta na pressão da comercialização no momento da colheita.

Dificuldades na comercialização e na exportação dos produtos agrícolas podem limitar o crescimento do setor e impactar negativamente os agricultores e produtores. “A infraestrutura do Açu surge como uma plataforma completa para Goiás provendo capacidade para o estado reduzir os custos do agronegócio (demurrage) ao equilibrar o sistema portuário brasileiro”, avalia João Braz.

Até o segundo semestre de 2024, o Terminal Multicargas (TMULT) contará com mais um berço para atracação de navios de grande porte (Panamax com 80.000 tons por navio). A ampliação também triplica a capacidade estática de armazenamento, que chega a 155 mil toneladas, e posiciona o Porto do Açu como player relevante no agronegócio.