O papel do provedor regional na digitalização das cidades

Redação InfraDigital – 14.10.2021 – Conectividade será fundamental para transformar cidades e provedores precisam aproveitar mercado que se abre

De acordo com o Cities in Motion Index, dez parâmetros indicam o nível de inteligência de uma cidade: governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, meio ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano, economia e conectividade. O décimo parâmetro pode ser considerado o principal, já que sem ele, não seria possível ocorrer a digitalização das cidades. 

Nesse avanço rumo à digitalização das cidades, a fibra óptica ganha mais relevância devido à sua maior capacidade e disponibilidade. Isso se mostra uma oportunidade para os provedores regionais, que podem ser grandes parceiros de cidades médias e pequenas devido seus ativos. Como ele já implementou toda a infraestrutura de rede para atender o cliente, é natural que ele possa considerar se tornar um parceiro da prefeitura. 

O tema de cidades inteligentes foi discutido durante o 12o episódio do podcast Conexão InfraDigital. Nele, Fabrício Araújo, especialista em telecomunicações da Intelbras, conta que é a conectividade fornecida por ISPs poderá ser um habilitador para a implementação de dispositivos que tornem os processos de serviços públicos mais inteligente e melhores. 

“Para isso, é necessária uma rede que garanta a conexão e essa é uma vantagem para os provedores de Internet”, afirma. De acordo com ele, será muito caro para uma prefeitura montar sua própria rede óptica apenas para conectar câmeras ou mesmo escolas. Outra vantagem para os ISPs é a falta de concorrência com operadoras em cidades menores, o que vai permitir que até mesmo municípios afastados possam apresentar serviços com maior qualidade. 

Ainda conforme Araújo comenta, as soluções inteligentes já existem aos montes e já podem começar a ser implementadas na cidade. A própria Intelbras oferece algumas delas, como tecnologias de reconhecimento de placa e de face, que já são utilizadas por empresas de segurança. Estas companhias oferecem um serviço de monitoramento de bairros próprio, utilizando câmeras IP para disponibilizar o acesso ao vídeo para os moradores como um serviço. O modelo poderia ser copiado por provedores, com o benefício de que eles já possuem a infraestrutura para conectar as câmeras.