Redução dos juros impulsiona busca por imóveis do Casa Verde Amarela

Redação – 27.04.2022 – Financiamento imobiliário atrelado à poupança e novas condições do Programa Casa Verde e Amarela aquecem o mercado imobiliário 

Construtoras de imóveis pelo Programa Casa Verde e Amarela já perceberam o aumento da demanda graças ao impacto das novas medidas anunciadas pela presidência da Caixa Econômica no final de março. O banco estatal reduziu os juros do financiamento para imóveis de casa própria, atrelando ao fundo de poupança e a novas condições. Com a medida, a expectativa do Governo Federal é ampliar em 20% as concessões de créditos imobiliários em 2022. 

Com a redução dos juros, a taxa cai de 2,95% para 2,8% ao ano, o que representa uma queda de 0,15% na modalidade atrelada à remuneração da poupança. Já no financiamento pelo Programa Casa Verde e Amarela, a redução da taxa de juros é de 0,5% no financiamento habitacional para famílias com renda entre R$ 2.000,01 e R$ 2.400,00. 

Para Paulo Kucher, vice-presidente da construtora Lyx, que atua no Paraná, essas modalidades de financiamento se tornaram mais atrativas para os clientes, aquecendo novamente esse segmento do mercado imobiliário e dando aos brasileiros novas perspectivas de aquisição da casa própria. 

As mudanças devem ser atrativos para quem busca adquirir ou construir a casa própria. Pelo antigo sistema, uma pessoa com renda de R$ 2.050,00 e com interesse em adquirir um imóvel avaliado em R$ 160 mil, a taxa de juros seria de 5,64% ao ano e as parcelas de R$ 614,99. O valor máximo financiado seria de R$ 102 mil e a entrada seria formada pela composição do subsídio, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e mais o valor da entrada. 

Considerando mesma renda e mesmo imóvel, pelo novo modelo, é possível reduzir o valor da entrada, mesmo considerando o mesmo valor de parcela (R$ 614,99) e uma taxa para financiamento de imóveis com juros inferior, de 5,11% ao ano. Nesse caso, Kucher explica que o valor do financiamento seria de R$ 107 mil, diminuindo a necessidade da entrada por parte do comprador. Dessa forma, o novo modelo deve aumentar em 15% o teto do valor dos imóveis financiados. 

Em 2021, a Caixa registrou recorde de financiamentos habitacionais, chegando a R$ 140 bilhões. Nos dois primeiros meses de 2022, já foram contratados R$ 21,5 bilhões pela Caixa, o que representa um crescimento de 33,7% em relação ao mesmo período do ano passado.