Impermeabilização e proteção do concreto reduzem 65% da pegada de carbono na construção

Redação – 27.06.2022 – Investimento em preservação e proteção do concreto é 125 vezes mais econômico e reduz em 90% a pegada de carbono gerada no caso de manutenção e reparo das estruturas 

De acordo com o relatório técnico Rumo ao Concreto de Carbono Zero da Penetron Internacional, referência em impermeabilização e proteção do concreto, o uso de soluções como as suas para aumentar a durabilidade do concreto podem reduzir em média 65% a pegada de carbono na construção. A redução se daria pelo maior tempo de manutenção do concreto, o que impediria mais de sua produção 

Isso é importante porque, atualmente, a indústria global de cimento é responsável por 8% da emissão de CO2, sendo a segunda maior emissora do mundo. Outro ponto a se destacar é o fato de que o concreto representa a maior parte do CO2 total incorporado em estruturas como edifícios, atingindo cerca de 66%.  

Nesse cenário, o estudo realizado pela Penetron conclui que a durabilidade do concreto é o maior desafio da sustentabilidade na construção. Este resultado está em consonância com os alertas lançados pelo Comitê 160 da ICRI (Internacional Concrete Repair Institute). A instituição afirma que a estratégia de sustentabilidade mais eficaz para estruturas de concreto é evitar a necessidade de reparos. 

A Penetron defende que a eliminação de revestimentos e membranas de alta emissão de CO2, o prolongamento da vida útil das estruturas de concreto, a prevenção de reparos dispendiosos e a utilização de produtos não tóxicos contribuem para projetos de construção mais sustentáveis. 

O relatório faz um apelo à indústria para reconsiderar os materiais utilizados na construção subterrânea. As membranas de impermeabilização convencionais para estruturas subterrâneas têm uma pegada de carbono alta, atingindo até 23 kg de CO2 por metro quadrado – equivalente a quase três vezes as emissões de quatro litros de gasolina. A Penetron estima que a remoção das membranas insustentáveis dessas estruturas pode reduzir as pegadas de carbono da subestrutura em até 20%.  

Investir em proteção do concreto é mais barato e sustentável 

Só nos Estados Unidos, estima-se que o custo anual de recuperação das estruturas de concreto em regiões costeiras seja de US$ 300 milhões. Além disso, vale destacar que as obras de recuperação representam mais emissão de CO2. Neste contexto, a ênfase na importância da impermeabilização e proteção do concreto têm um motivo específico. 

A água é a principal causa de deterioração do concreto, sendo a corrosão responsável por 80% dos danos. Isso dá origem a reparações ou substituições frequentes e dispendiosas, aumentando a utilização de cimento, outros materiais e energia. Seguindo esse raciocínio, a Penetron aponta que diversos estudos revelam que o investimento em preservação e proteção é 125 vezes mais econômico se comparado aos custos de intervenções corretivas das estruturas. 

O relatório avalia que a impermeabilização integral contra a água pode reduzir em até 90% a pegada de carbono gerada na manutenção e reparação de estruturas de concreto. Além disso, o relatório da Penetron revela que a utilização de concreto resistente e impermeável já na execução da obra reduz a pegada de carbono de uma estrutura em 50% ou mais ao prolongar a vida útil da estrutura e diminuir a necessidade de reparos.