Setor de telecom investiu mais de R$ 1 tri após privatização

Redação – 31.07.2023 – Privatização do sistema Telebrás, há 25 anos, aumentou acesso a serviços de telecom 

A privatização das telecomunicações completa 25 anos no próximo sábado (29/7). Nesse período, o setor de telecomunicações investiu R$ 1,036 trilhão, em valores atualizados pela inflação. Em 1998, o Brasil tinha cerca de 28 milhões de acessos de telecom, entre linhas fixas, TV por assinatura e telefonia móvel. Atualmente são 336 milhões de acessos, 251 milhões apenas de acessos móveis. 

De acordo com a Conexis Brasil Digital, atualmente, todos os municípios brasileiros têm acesso a pelo menos uma tecnologia móvel, seja 3G, 4G ou 5G. São mais de 150 cidades que já têm acesso ao 5G, que acaba de completar um ano de operação no Brasil. 

Segundo a pesquisa TIC Domicílios 2022, dos 149 milhões de usuários de internet no território nacional, 142 milhões se conectam todos ou quase todos os dias. A internet está presente em 60 milhões de lares brasileiros, o que corresponde a 80% do total de domicílios no país. 

25 anos em números 

  • R$ 1,036 trilhão investidos de 1998 ao primeiro trimestre de 2023. 
  • Telefonia móvel: passou de 7,4 milhões de acessos em 1998 para 251 milhões. Crescimento de 3.309%. 
  • Telefonia fixa: passou de 20 milhões de linhas em 1998 para 27 milhões, um aumento de 33%. Mas essa categoria já foi bem maior, já que, em 2008, eram 41,1 milhões. 
  • TV por assinatura: passou de 2,6 milhões para 12 milhões de assinaturas. Alta de 371%. 
  • Banda larga fixa: o serviço não estava disponível em 1998, mas em 2023 já alcançou a marca de 45,7 milhões de acessos.  

Desafios para continuar crescendo 

A Conexis aponta que as operadoras ainda enfrentam alguns desafios, mesmo após tantos investimentos. Um dos maiores é a carga tributária do setor, uma das mais altas do mundo. O setor defende que a Reforma Tributária, agora em discussão no Senado Federal, leve a uma redução da carga de tributos permitindo queda no preço dos serviços e, assim, conexão de mais brasileiros. 

Outros pontos essenciais para que o setor continue avançando são: simplificação regulatória e o incentivo à autorregulação; igualdade regulatória entre as prestadoras de telecomunicações, que investem na construção das redes de telecomunicações, e empresas que usam essa rede para ofertar serviços semelhantes aos ofertados pelas operadoras; atualização das leis municipais de antenas; e o combate ao furto e roubo de cabos de telecomunicações.