Construção civil cresce 1,1% e supera crescimento da economia nacional

Redação – 07.12.2022 – Comparação anual mostra ainda mais relevância do setor, com crescimento de 6,6% 

A construção civil cresce 1,1% durante o terceiro trimestre de 2022 (3T22) em relação ao segundo trimestre do ano. Essa foi a quinta elevação consecutiva do Produto Interno Bruto (PIB) do setor superior ao PIB total do País. Os dados foram compilados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). 

A alta do terceiro trimestre, além de ser superior à registrada pela economia nacional em igual período (0,4%), também foi melhor no segmento industrial: 

  • Indústria geral (0,8%) 
  • Indústrias extrativas (-0,1%) 
  • Indústrias de transformação (0,1%) 
  • Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,6%) 

Em todas as bases de comparação o setor obteve resultados melhores do que a economia nacional. No 3T22, em relação a igual período do ano passado, a construção civil cresce 6,6% enquanto o País apresenta expansão de 3,6%. No acumulado dos três primeiros trimestres de 2022 (em relação a iguais meses de 2021), a alta da construção foi de 8,2% e a do País de 3,2%. Já a taxa acumulada nos últimos quatro trimestres, em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, demonstra alta do setor de 8,8% e o País 3,0%. 

Números são positivos, mesmo não atingindo expectativas 

Segundo a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, os dados da Sondagem da Construção e os resultados do emprego formal, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência, já demonstravam que o setor mantém o seu crescimento, contribuindo com a economia nacional. 

A economia nacional cresceu 1,3% no primeiro trimestre de 2022, 1% no segundo trimestre de 2022 e 0,4% no terceiro trimestre do ano – número inferior ao projetado pelo mercado: 0,6%. Para Vasconcelos, o menor crescimento da economia mundial, os conflitos entre Rússia e Ucrânia, e o efeito dos juros altos no País (política monetária restritiva), ajudam a explicar esse resultado. Apesar disso, é preciso destacar que a economia segue resiliente, com o mercado de trabalho demonstrando aquecimento.