Consórcio para construção de Lote 1F da FIOL é formado e investimento será de R$ 1,1 bi

Redação – 13.04.2023 – Trecho tem 127 quilômetros de extensão e corta diversos municípios na Bahia; obras começam em junho e devem durar três anos 

O consórcio que irá executar o Lote 1F das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) já está fechado. O Consórcio TCR-10, formado pela brasileira Tiisa e pela chinesa CREC-10, deve investir R$ 1,1 bilhão na construção do trecho de 127 quilômetros, que passa pelos municípios de Ilhéus, Uruçuca, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Aurelino Leal e Aiquara, todos na Bahia. 

O anúncio foi feito pela Bamin Ferrovia, concessionária do trecho, na última semana e a ordem de serviço para a construção deve ser assinada daqui sete dias. A expectativa é que as obras já estejam a pleno vapor em junho deste ano. 

O consórcio será responsável pela construção, infraestrutura e superestrutura ferroviárias, sob um prazo de 36 meses de conclusão. Neste período, a previsão é de que sejam gerados cerca de 1,2 mil postos de trabalho, com contratações graduais, à medida em que as obras avancem nos municípios que compõem o Lote 1F. 

Ligando as cidades baianas de Caetité e Ilhéus, onde está localizado o Porto Sul, a FIOL I terá um total de 537 quilômetros de extensão, passando por 20 municípios, com previsão de estar concluída e em operação a partir do ano de 2027. A ferrovia terá capacidade para movimentar 60 milhões de toneladas de carga por ano. 

A Bamin utilizará 40% desse potencial para o transporte do minério de ferro produzido pela sua Mina Pedra de Ferro, disponibilizando o restante para o escoamento da produção de outras mineradoras, do agronegócio e demais segmentos. 

Porto 

A Bamin também é responsável pela construção do Porto Sul, em Ilhéus, um terminal de águas profundas, que poderá receber, na costa de Ilhéus, navios com capacidade de até 250 mil toneladas e é projetado para movimentar até 42 milhões de toneladas anuais. A Bamin utilizará 60% da capacidade operacional do terminal marítimo, disponibilizando 40% para outras cargas, como do agronegócio e de outras mineradoras. Quando ferrovia e porto estiverem concluídos, em 2027, esse corredor irá representar um novo vetor de desenvolvimento econômico para diversos setores produtivos. 

Com a construção do corredor logístico Ferrovia-PortoSul, o estado da Bahia ocupará uma nova e importante dimensão na economia nacional, com a geração de riquezas, distribuição de renda e a elevação da qualidade de vida de sua população, criando oportunidades para os produtores regionais e potencializando as cadeias produtivas do agronegócio e da mineração instaladas ao longo do caminho.

Fonte: Conexão Mineral